Perfil Clínico-Epidemiológico e Sobrevida Global em Pacientes com Adenocarcinoma de Pâncreas em um Hospital de Referência em Oncologia
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n1.967Palavras-chave:
Neoplasias pancreáticas/epidemiologia, Análise de Sobrevida, Diagnóstico TardioResumo
Introdução: A neoplasia maligna de pâncreas configura uma das neoplasias de maior mortalidade em todo o mundo, quase sempre atrelada a um prognostico sombrio, principalmente quando associada a disseminação linfática e para órgãos distantes. Objetivo: Avaliar a sobrevida global em pacientes com adenocarcinoma de pâncreas atendidos em um centro especializado em oncologia. Método: No período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014, foram avaliados retrospectivamente 71 prontuários. Os dados foram analisados pelo software STATA versão 14, utilizando análise de Kaplan-Meier e de regressão de Cox. O intervalo de confiança utilizado foi de 95% e considerado significante p<0,05. Foram preservados os princípios éticos e da confidencialidade. Resultados: Houve predomínio do sexo masculino, raça parda e com idade superior a 61 anos ao diagnóstico. Quanto as características clínicas, 87,8% dos tumores estavam localizados em cabeça de pâncreas. A dor abdominal (92,7%) foi o sintoma mais frequente, seguida de perda progressiva de peso (79,3%) e icterícia (57,3%). A taxa de sobrevida em três meses de acompanhamento foi de 48,4%. Conclusão: O estudo evidencia que o câncer de pâncreas tem uma repercussão extremamente negativa, visto que a maioria dos pacientes recebe o diagnostico em estágios avançados da doença, dificultando a possibilidade de tratamento curativo.