Assistência Nutricional a Pacientes Ambulatoriais com Câncer durante a Pandemia de Covid-19 na Atenção Hospitalar Especializada
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66nTemaAtual.1218Palavras-chave:
Infecções por Coronavírus, Telemedicina, Educação Alimentar e Nutricional, OncologiaResumo
Introdução: A pandemia da doença pelo coronavírus 2019 (coronavirus disease 2019 – Covid-19) é responsável por milhares de casos e mortes no Brasil e pacientes com câncer são mais vulneráveis à doença. A necessidade do isolamento social determinou a reestruturação de fluxos e rotinas no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCII-INCA). Objetivo: Descrever a experiência do ambulatório de nutrição do HCII-INCA no atendimento remoto aos pacientes durante a pandemia. Método: Foram compiladas e discutidas as experiências das nutricionistas responsáveis pelos atendimentos ambulatoriais e da chefia da Seção de Nutrição e Dietética do HCII (SND-HCII) no período entre abril e junho de 2020. Resultados: Algumas medidas de adaptação da SND-HCII incluíram a restrição dos atendimentos presenciais e o início dos atendimentos remotos, via telefone; a suspensão das atividades de grupo; e a ampliação do intervalo para agendamento de retorno dos pacientes. Entre abril e junho de 2020, 192 pacientes foram atendidos no ambulatório de nutrição, uma queda de 56% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Apesar dessa queda no número de atendimentos, o índice de absenteísmo reduziu consideravelmente quando os dois trimestres são comparados. A redução desse índice foi considerada a principal vantagem do atendimento remoto, possibilitando a realização de um número maior de atendimentos, proporcionalmente aos horários disponíveis. Conclusão: O atendimento nutricional remoto aos pacientes ambulatoriais do HCII-INCA pode ser considerado para incorporação na rotina da Instituição.