Estadiamento Cirúrgico no Câncer do Ovário
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1986v32n2.3240Palavras-chave:
Carcinoma do Ovário, Estadiamento Cirúrgico, Metástase LinfáticaResumo
Junto ao "Istituto Nazionale per lo studio e la cura dei Tumori di Milano —, no período de 1975 a 1985, 201 pacientes acometidas de carcinoma do ovário, não tratadas anteriormente com quimioterapia ou radioterapia, foram submetidas a estadíamento cirúrgico completo para estabelecer a difusão da doença e planificar o tratamento. O estadiamento cirúrgico compreende: coleta de líquido peritoneal, líquido de ascite ou lavado peritoneal, histerectomia total com anexectomia bilateral, omentectomia, apendicectomia, dissecção linfonodal ilíaca e lombo-aórtica e biópsias múltiplas. Em 153 pacientes foi efetuado pré-operatoriamente estadiamento clínico/instrumental compreendendo laparoscopia com inspeção diafragmática, biópsias múltiplas e lavado peritoneal, linfografia, enema opaco e urografia. Nestes casos uma estadiação clínica insuficiente comparada com o estadiamento cirúrgico foi observada em 41,9% no estádio I, 44,4% no estádio II e em 7,9% no estádio III. A sensibilidade da linfografia e da laparoscopia relacionada com os achados anátomo-cirúrgicos foi respectivamente de 79,6% e 49,611>. O estadiamento cirúrgico permitiu conhecer melhor a modalidade de difusão do carcinoma ovariano e em particular esclareceu a entidade da metastatização linfonodal em uma neoplasia considerada quase exclusivamente de difusão peritoneal Metástases linfonodais estavam presentes em 16,3% no estádio I, 18,1% no estádio II, 58,8% no estádio III e 46,1% no estádio IV. Os dados apresentados confirmam que o estadiamento anátomo-círúrgico é o único procedimento correto para estabelecer a difusão da neoplasia em fase aparentemente localizada.
Downloads
Referências
Allan MS, Hertig AT. Carcinoma of the ovary. Am J Obstet Gynecol. 1949; 58: 640-653. DOI: https://doi.org/10.1016/S0002-9378(16)39219-5
Decker DG, Malkasian GO Jr,Taylor , WF. Prognostic importance of histologic grading in ovarian carcinoma. Boular J C III ed. ln: Symposium on Ovarian Carcinoma, National Cancer Institute Monograph 42. Washington. U.S. Government Printed Office. 1975: 0-11.
Russel P. The pathological assessment of ovarian neoplasma. Introduction to the common "epitheliai" tumors and analysis - of benign "epithelial" tumors. Pathology. 1979; 11: 5-26. DOI: https://doi.org/10.3109/00313027909063533
Creasman WT, Rutledge F. The prognostic value of peritoneal cytology in gynecologic malignant disease. Am J Obst Gynecol. 1971; 110-773. DOI: https://doi.org/10.1016/0002-9378(71)90571-0
De Palo G, Musumeci A, Spinelli P. II Carcinoma ovarico: quasi uno sconosciuto. Argomenti di Oncologia. 1981; 2: 4 1-83.
Kaiistad P. Malignant tumors of ovary: Noerwegien experience - and protocois for management. Coppieson Ed. in: Gynecologic Oncology. New York: Springer Verlag. 1981 721 -730.
Whaton JJ, Herson J. Sugery for common epithelial tumors of the ovary. Cancer. 1981; 48: 582-589. DOI: https://doi.org/10.1002/1097-0142(19810715)48:1+<582::AID-CNCR2820481323>3.0.CO;2-C
Webb JJ. The role of staging procedures in therapy. 1983.
Abrams HR, Spiro A, Goidstein N. Metastases in carcinoma. Cancer. 1950; 3:74-85. DOI: https://doi.org/10.1002/1097-0142(1950)3:1<74::AID-CNCR2820030111>3.0.CO;2-7
Bergman F. Carcinoma of the ovary. A clinicopathological study of 86 autopsied cases with special reference to mode of spread. Acta Obstet Gynec Scand. 1966; 45: 211-231. DOI: https://doi.org/10.3109/00016346609158447
Plenti AA, Friedman EA. Lymphatic system of the female genitalia. Philadelphia. W B Saunders Company. 1971.
Burghordt E, et al. Management of advanced ovarian Cancer EurJ Gynecol Oncol. 1984; 3: 155-159.
Sidney S, Chen et al. Prognostic significance of morphology - of tumor on retroperitoneal lymphonodes in epithelial carcinoma of the ovary. II correlation with survival. Gynecol Oncol 1984; 18: 94-99. DOI: https://doi.org/10.1016/0090-8258(84)90011-8
Dyson JL, et al. Factor, influencing survival in carcinoma of the ovary. BrJ Cancer. 1971; 25: 237-249. DOI: https://doi.org/10.1038/bjc.1971.30
Kottmeier HK. Anual Report on the results of treatment in Carcinoma of the uterus, vagina and ovary. Stockholm, 1976. DOI: https://doi.org/10.1016/0090-8258(76)90002-0
Sorbe B, et al. Importance of histologic grading in the prognosis of epitelial ovarian carcinoma. Obstetric Gynecol. 1982; 59: 576-582.
Greco FA, et al. Advanced ovarian cancer: Brief intensive combination chemotherapy and second-look operation. Obstet and Gynec. 1981; 58: 199-205.
Griffths CT. New developments in the surgical treatment of ovarian cancer. In: Surgery in Gynecological Oncology. 1984: 261 -274. DOI: https://doi.org/10.1007/978-94-009-6750-2_22
Musumeci R, Banfi A, Bolis G, et al. Lymphangiography in patients with ovarian epithelial cancer. Cancer 1977; 40: 1 444-49. DOI: https://doi.org/10.1002/1097-0142(197710)40:4<1444::AID-CNCR2820400414>3.0.CO;2-I
Delgado G. Chum B, Cagiar H. Paraaortic iimphadenectomy in gynecologic malignacies confined to the pelvis. Obst Gynecol 1977; 50:418.
Spinelli P, Luini A, Pizzete P, De Paio GM. Laparoscopy in staging and restaging of 95 patients with ovarian carcinoma. Tumori. 1979; 62: 493-502. DOI: https://doi.org/10.1177/030089167606200504
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
