Uso do LED Terapêutico após Vaporização de Lesões Verrucosas com Laser de CO2: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.4593Palavras-chave:
Neoplasias Vulvares/terapia, Papillomavirus Humano, Terapia a Laser/métodos, Terapia com Luz de Baixa Intensidade/ métodosResumo
Introdução: O papilomavírus humano (HPV) é um vírus sexualmente transmissível que pode levar ao desenvolvimento de lesões na pele e mucosas. Uma infecção persistente pode cursar com lesões precursoras ou câncer em diferentes regiões, entre elas, lesões vulvares. Relato do caso: Caso descritivo de intervenção fisioterapêutica com light emiting diode (LED) terapêutico em paciente com lesões vulvares induzidas por HPV, que realizou um extenso procedimento de vaporização nas lesões. Após vaporização, realizou tratamento fisioterapêutico com LED terapêutico visando acelerar o processo cicatricial, regeneração tecidual e minimizar a dor. Foi utilizada manta de LED com 18 diodos de LED vermelho – 660 nm e 13 diodos de LED infravermelho 850 nm, sendo a energia entregue por LED de 1 J a cada três minutos, permanecendo por dez minutos. Foram realizadas duas aplicações durante a internação hospitalar, uma no primeiro e outra no segundo dia após a cirurgia. Após alta hospitalar, mais duas aplicações, uma por semana. Após duas primeiras aplicações de LED realizadas no ambiente hospitalar, foi possível observar, de maneira subjetiva, uma melhora da vascularização local. Houve também uma melhora relatada pela paciente, em relação à dor local, facilidade para urinar após as aplicações e redução do edema. Após duas aplicações ambulatoriais, uma vez por semana, ocorreu cicatrização satisfatória. Conclusão: O LED parece ser um recurso promissor na cicatrização de lesões na vulva ocasionadas após vaporização com laser, porém estudos clínicos controlados são necessários para confirmação dessa hipótese.
Downloads
Referências
Oliveira AKSG, Jacyntho CMA, Tso FK, et al. “HPV infection - screening, diagnosis and management of HPV-induced lesions”. Rev Bras Ginecol Obstet. 2021;43(3):240-6. doi: https://doi.org/10.1055/s-0041-1727285 DOI: https://doi.org/10.1055/s-0041-1727285
Kamolratanakul S, Pitisuttithum P. “Human papillomavirus vaccine efficacy and effectiveness against cancer”. Vaccines. 2021;9(12):1413, doi: https://doi.org/10.3390/vaccines9121413 DOI: https://doi.org/10.3390/vaccines9121413
Shapiro G. “HPV vaccination: an underused strategy for the prevention of cancer”. Curr Oncol. 2022;29(5):3780-92. doi: https://doi.org/10.3390/curroncol29050303 DOI: https://doi.org/10.3390/curroncol29050303
Hoang LN, Parque KJ, Soslow RA, et al. “Squamous precursor lesions of the vulva: current classification and diagnostic challenges”. Pathology. 2016;48(4):291-302. doi: https://doi.org/10.1016/j.pathol.2016.02.015 DOI: https://doi.org/10.1016/j.pathol.2016.02.015
Thuijs NB, Beurden MV, Bruggink AH,et al. “Vulvar intraepithelial neoplasia: incidence and long-term risk of vulvar squamous cell carcinoma”. Inter J Cancer. 2021;148(1):90-98. doi: https://doi.org/10.1002/ijc.33198 DOI: https://doi.org/10.1002/ijc.33198
Preti Mario, et al. Vulvar intraepithelial neoplasia. Best pract res Clin obstet gynaecol. 2014;28(7)1051-62. doi: https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2014.07.010 DOI: https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2014.07.010
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Lesões pré-invasivas da vulva, da vagina e do colo uterino. Protocolos Febrasgo. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Ginecologia, n. 7).
LeBreton M, Caixa I, Brousse S, et al. Vulvar intraepithelial neoplasia: classification, epidemiology, diagnosis, and management. J Gynecol Obstet Hum Reprod (Online). 2020;49(9):101801. doi https://doi.org/10.1016/j.jogoh.2020.101801 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jogoh.2020.101801
Kohli N, Jarnagin B, Stoehr AR, et al. An observational cohort study of pelvic floor photobiomodulation for treatment of chronic pelvic pain. J comp eff res (Online). 2021;10(17):1291-9. doi: https://doi.org/10.2217/cer-2021-0187 DOI: https://doi.org/10.2217/cer-2021-0187
Rahm C, Adok C, Dahm-Kähler P, et al. Complications and risk factors in vulvar cancer surgery – a population-based study. Eur j surg oncol. 2022;48(6):1400-6. doi: https://doi.org/10.1016/j.ejso.2022.02.006 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ejso.2022.02.006
René‐Jean B, Epstein JB, Nair RG, et al. Safety and efficacy of photobiomodulation therapy in oncology: a systematic review. Cancer Med. 2020;9(22):8279-300. doi: https://doi.org/10.1002/cam4.3582 DOI: https://doi.org/10.1002/cam4.3582
Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF. 2013 jun 13; Seção I:59.
Satmary W, Holschneider CH, Morena LL, et al. Vulvar intraepithelial neoplasia: risk factors for recurrence. Gynecol Oncol. 2018;148(1):126-31. doi: https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2017.10.029 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2017.10.029
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos morais e intelectuais dos artigos pertencem aos respectivos autores, que concedem à RBC o direito de publicação.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.