Evolução Clínica e Preditores da Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia

Autores

  • Delma Aurélia da Silva Simão Laboratório Interdisciplinar de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Departamento Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0961-8213
  • Mery Natali Silva Abreu Departamento de Enfermagem Aplicada da Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6691-3537
  • Rodrigo Santiago Gomez Hospital das Clínicas da UFMG. Ambulatório de Cefaleia e Doenças Neuromusculares. Belo Horizonte (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2093-8528
  • Leonardo Dornas de Oliveira Hospital das Clínicas da UFMG. Ambulatório de Neurologia. Belo Horizonte (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6020-6498
  • Raissa Silva Souza Universidade Federal de São João Del-Rei. Divinópolis (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5010-763X
  • Tércia Moreira Ribeiro da Silva Departamento Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte, MG, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5261-2266
  • Antonio Lúcio Teixeira Laboratório Interdisciplinar de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. Neuropsychiatry Program, Department of Psychiatry and Behavioral Sciences, University of Texas Health Science Center at Houston. Houston, EUA. https://orcid.org/0000-0002-9621-5422

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.392

Palavras-chave:

Neoplasias, Doenças do Sistema Nervoso Periférico, Antineoplásicos, Síndromes Neurotóxicas, Tratamento Farmacológico

Resumo

Introdução: Drogas antineoplásicas neurotóxicas estão frequentemente associadas à neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ). Objetivo: Avaliar a evolução clínica dos pacientes expostos a tratamento antineoplásico potencialmente neurotóxico e identificar possíveis preditores clínicos e sociodemográficos para o desenvolvimento da NPIQ. Método: Estudo de coorte prospectiva com pacientes com diagnóstico de câncer de mama, ovário ou intestino em tratamento quimioterápico com paclitaxel, docetaxel ou oxaliplatina. Foram avaliados antes da quimioterapia (T1), no terceiro mês (T2) e 30-60 dias após interrupção do tratamento (T3). Todos responderam ao questionário de perfis sociodemográfico e clínico, foram avaliados por meio de exame clínico neurológico, pela escala de performance ECOG, escala hospitalar de ansiedade e depressão (HAD), escala de dor Short-cGuill, autorrelato de sintomas de NPIQ e avaliação com o questionário de neurotoxicidade induzida por antineoplásicos (CINQ). Resultados: Por meio de autorrelato, 75% da dos pacientes informaram apresentar sintomas de NPIQ. O CINQ evidenciou que 90% apresentaram algum grau de NPIQ em T2, enquanto 82,5% ainda persistiam em T3. Dor neuropática acometeu 42% da população (RR=1,429; IC95%=1,130-1,806). Os escores de ansiedade e depressão reduziram significativamente quando comparados ao início de tratamento (redução de 2,5 pontos na escala HAD, p<0,05). A capacidade funcional da população não mostrou alterações significativas. No T2, a escolaridade foi considerada preditora para autorrelato de sintomas de NPIQ (OR=1,314, IC95%=1,002-1,723, p=0,048). Conclusão: A baixa escolaridade pode comprometer a capacidade do paciente em relatar os sintomas da NPIQ. Este estudo chama a atenção para a necessidade de utilização de instrumentos específicos para detecção precoce da NPIQ.

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Publicado

2019-08-23

Como Citar

1.
Simão DA da S, Abreu MNS, Gomez RS, Oliveira LD de, Souza RS, Silva TMR da, Teixeira AL. Evolução Clínica e Preditores da Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 23º de agosto de 2019 [citado 23º de abril de 2024];65(2):e-04392. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/392

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL