Perfil Anatomopatológico e Imuno-histoquímico de Gliomas de Pacientes da Região de Maringá-PR
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n3.1287Palavras-chave:
Glioma, Glioblastoma, Astrocitoma, Imuno-Histoquímica, Epidemiologia MolecularResumo
Introdução: Os gliomas representam 80% dos tumores do sistema nervoso central. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou, em 2016, critérios moleculares na classificação dos gliomas. A fisiopatologia e os fatores de risco desses tumores ainda não são totalmente conhecidos. Objetivo: Realizar uma análise retrospectiva dos laudos anatomopatológicos e imuno-histoquímicos de gliomas. Método: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, a partir de exames anatomopatológicos e imuno-histoquímicos realizados entre janeiro de 2014 e dezembro de 2018 em um laboratório de anatomia patológica na cidade de Maringá-PR. Dos 234 laudos relacionados com o termo glioma, 204 foram selecionados para este estudo. Resultados: Foram encontrados tumores astrocitários, ependimários e oligodendrogliais, sendo que os astrocitomas corresponderam a maioria (86,8% dos casos encontrados). A média de idade ao diagnóstico foi de 51,8 anos e houve maior prevalência desses tumores no sexo masculino. Também foram analisadas mutações detectáveis por imuno-histoquímica como p53 (mutada em 66,7% dos testados), isocitrato desidrogenase (IDH) (28,6% mutados), X-linked alpha-thalassemia mental retardation (ATRX) (21,0%) e marcadores diagnósticos como o epithelial membrane antigen (EMA) positivo em todos os ependimomas analisados. Conclusão: E inegável a necessidade de novas pesquisas sobre os gliomas tanto no campo epidemiológico, tendo em vista a nova classificação, quanto no escopo fisiopatológico e clinico, com o objetivo de melhorar o entendimento sobre a patologia e o tratamento dos pacientes.