Política de Atenção ao Câncer no Brasil após a Criação do Sistema Único de Saúde

Autores

  • Mario Jorge Sobreira da Silva Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz). Coordenação de Ensino do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil https://orcid.org/0000-0002-0477-8595
  • Fernando Lopes Tavares de Lima Ensp/Fiocruz. Coordenação de Ensino do INCA. Rio de Janeiro (RJ), Brasil https://orcid.org/0000-0002-8618-7608
  • Gisele O'Dwyer Instituto de Medicina Social. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ). Departamento de Administração e Planejamento da Ensp/Fiocruz. Rio de Janeiro (RJ), Brasil
  • Claudia Garcia Serpa Osório-de-Castro Departamento de Políticas de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Ensp/Fiocruz. Rio de Janeiro (RJ), Brasil https://orcid.org/0000-0003-4875-7216

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2017v63n3.133

Palavras-chave:

Políticas Públicas de Saúde, Neoplasias;, Sistema Único de Saúde

Resumo

Introdução: Com o Sistema Único de Saúde (SUS), um conjunto de normativas foi publicado objetivando estruturar a atenção ao paciente oncológico em diversas frentes de organização. Objetivo: Analisar as contribuições das legislações para a evolução da política de atenção ao câncer no Brasil no período pós-SUS (1990-2017). Método: Realizou-se um estudo descritivo utilizando a Teoria da Estruturação de Giddens para análise dos dados. As fontes de dados foram as legislações sobre a atenção ao câncer no Brasil, disponíveis nos sítios eletrônicos governamentais, publicadas entre setembro/1990 e abril/2017. O conteúdo das normas legais foi classificado quanto ao período histórico (em quatro fases: definição; organização; expansão; integração) e à sua finalidade (nas categorias: regras estruturantes; habilitação/credenciamento; financiamento; protocolos/tecnologia). Resultados: Foram incluídas e analisadas 220 normativas, sendo seis referentes à fase de definição, 70 na fase de organização, 85 na fase de expansão e 59 na fase de integração. Quanto à finalidade, 76 eram regras estruturantes, 14 tratavam de habilitação/credenciamento, 50 versavam sobre financiamento e 100 referiam-se a protocolos/tecnologias. Ao longo do tempo, o número de regras publicadas oscilou, dependendo da categoria. Conclusão: Pode-se afirmar que, nos poucos anos de normatização legal, estruturou-se uma política de atenção ao câncer com vários elementos, com importância maior ou menor no decorrer do período. O grande volume de normas dificulta o conhecimento dos gestores e profissionais de saúde, ainda que inseridos e atuantes na área. Porém, a sucessão de normativas indica lugar de destaque na agenda política, em consonância com a importância epidemiológica do câncer.

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Publicado

2019-01-30

Como Citar

1.
da Silva MJS, de Lima FLT, O’Dwyer G, Osório-de-Castro CGS. Política de Atenção ao Câncer no Brasil após a Criação do Sistema Único de Saúde. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de janeiro de 2019 [citado 3º de dezembro de 2024];63(3):177-8. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/133

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL