Análise da Sensibilidade do Gosto Umami em Crianças com Câncer

Autores

  • Ilana Elman Doutoranda. Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
  • Nilson Silva Soares Técnico em Pesquisa. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
  • Maria Elisabeth Machado Pinto e Silva Professora Doutora. Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2010v56n2.1502

Palavras-chave:

Neoplasias, Criança, Glutamato de Sódio, Quimioterapia, Disgeusia

Resumo

O câncer pediátrico possui alta incidência, principalmente a leucemia linfoide aguda e o linfoma não Hodgkin. A quimioterapia, devido a seus efeitos colaterais, diminui a ingestão de alimentos, por causar alteração do paladar, ressecamento da boca, náuseas e/ou vômitos. A sensação do gosto é responsável pela detecção e resposta ao estímulo doce, salgado, azedo, amargo e umami, este último proveniente do glutamato monossódico, o qual está relacionado ao aumento da palatabilidade de preparações, fato que pode colaborar para a melhoria da aceitação alimentar em pacientes pediátricos com câncer. O objetivo deste estudo foi identificar os limiares de detecção do gosto umami em crianças portadoras de câncer que seguem os protocolos quimioterápicos: GBTLI LLA 97, 99 e 2009 e LNH 2000. Foi aplicado o teste de sensibilidade de Threshold em duplicata para determinação do limiar do gosto umami, utilizando seis concentrações crescentes de água deionizada e glutamato monossódico. Os dados foram analisados com auxílio do programa Epinfo 6.0. Foram avaliados 69 pacientes, 63,8% do sexo masculino; 69,6 % portadores de leucemia linfoide aguda e o restante de linfoma não Hodgkin. Em relação à idade, cerca de 69% estavam na faixa etária de 6 a 10 anos. A maioria da população (mais de 70%) detectou o gosto umami a partir da segunda concentração oferecida no teste, nas duas aplicações, sendo sensíveis a este gosto. As crianças com câncer em tratamento quimioterápico mostraram-se sensíveis ao gosto umami. A utilização de forma moderada desse componente nas preparações e orientação alimentar adequada pode colaborar para a melhora do estado nutricional das crianças em tratamento quimioterápico. 

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Publicado

2010-06-30

Como Citar

1.
Elman I, Soares NS, Silva MEMP e. Análise da Sensibilidade do Gosto Umami em Crianças com Câncer. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de junho de 2010 [citado 26º de abril de 2024];56(2):237-42. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1502

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL