Estado Nutricional e Desfechos Clínicos em Pacientes Pediátricos com Leucemia Linfoblástica Aguda
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2016v62n4.160Palavras-chave:
Leucemia-Linfoma Linfoblástico de Células Precursoras, Estado Nutricional, Análise de Sobrevida, Criança, AdolescenteResumo
Introdução: A leucemia linfoblástica aguda é a neoplasia mais comum na população pediátrica, e estudos apontam o estado nutricional como um fator prognóstico importante. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de uma coorte de crianças e adolescentes durante o tratamento para leucemia linfoblástica aguda, determinar a sua associação com o risco de recaída e com a sobrevida em cinco anos de seguimento. Método: Estudo observacional, retrospectivo, com 54 pacientes de 1 a 18 anos com leucemia linfoblástica aguda, tratados em um hospital de referência em oncologia, entre janeiro de 2004 e dezembro de 2009. Os dados antropométricos foram coletados pela equipe de pesquisadores, nos prontuários, no período de junho a outubro de 2015. Verificaram-se a incidência de recaída e o óbito nos pacientes estudados em cinco anos de seguimento. Resultados: Houve predomínio do sexo masculino (55,6%) e a mediana de idade foi de 7,0 anos no início do seguimento. Observou-se um aumento significativo no escore-z médio do índice de massa corporal para idade durante o tratamento de 0,13±1,19 ao diagnóstico para 0,72±1,07 no início da fase de manutenção (p=0,000). No presente estudo, o estado nutricional ao diagnóstico não foi determinante para o risco de recaída. As curvas de sobrevida não foram diferentes entre os pacientes com ou sem excesso de peso ao diagnóstico. Conclusão: Na população estudada, observou-se um ganho ponderal significativo durante o tratamento, porém não foi encontrada associação entre estado nutricional ao diagnóstico e risco de recaída, e não se verificou influência do excesso de peso na sobrevida.