Cirurgia Citorredutora com Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica em Pacientes com Adenocarcinoma Mucinoso de Apêndice: Série de 43 Casos
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2022v68n1.1696Palavras-chave:
quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, neoplasias do apêndice, procedimentos cirúrgicos de citorreduçãoResumo
Introdução: O carcinoma primário de apêndice é uma condição rara. Muitas revisões retrospectivas internacionais delineiam a experiência de diferentes centros em neoplasias apendiculares. Por sua vez, o tratamento do câncer nessa localização é complexo e depende do subtipo histológico e da extensão da doença. Um dos tratamentos mais promissores é a cirurgia citorredutora (CCR) associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC). No Brasil, não há descrição de séries de casos que tiveram essa abordagem terapêutica. O objetivo desta série de casos é analisar as características sociodemográficas e o tipo de intervenção terapêutica em pacientes com doenças malignas de apêndice em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia III (Cacon III). Relato dos casos: Foram incluídos 43 casos de tumores primários de apêndice. O adenocarcinoma do apêndice do tipo mucinoso de baixo grau foi a neoplasia mais diagnosticada. O principal protocolo utilizado foi de uma a duas cirurgias e aplicação de mitomicina C em temperatura média de 40 graus. Os casos apresentaram grande heterogeneidade quanto ao uso do protocolo. Conclusão: O presente relato de 43 casos é importante por se tratar de um tumor raro nessa localização. A modalidade terapêutica descrita é promissora, mas não há protocolo definido para essa finalidade. É necessário atualizar as diretrizes terapêuticas para normatizar a conduta internamente, especialmente em se tratando de uma unidade de referência nacional.
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