O papel das MMP-2 e -9 no desenvolvimento do carcinoma epidermóide
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2006v52n3.1874Palavras-chave:
Carcinoma de células escamosas, Neoplasias, Metástase neoplásica, Gelatinase A, Gelatinase BResumo
No carcinoma epidermóide, os processos de invasão e metástase são regulados por um complexo sistema dependente da interação entre as células neoplásicas e as células estromais hospedeiras. Esses processos ocorrem como conseqüência à degradação da membrana basal e da matriz extracelular por diversas enzimas, dentre as quais as metaloproteinases da matriz (MMP) apresentam destaque. Essas são enzimas zinco-dependentes, pouco expressas em tecidos normais e substancialmente aumentadas na maioria das neoplasias malignas. Dentre todas as MMP conhecidas, as MMP-2 e -9 (gelatinases) têm sido consistentemente associadas com a agressividade, o potencial metastático e o prognóstico desfavorável das neoplasias malignas. As gelatinases desempenham um papel fundamental no processo da carcinogênese, pois degradam principalmente colágeno tipo IV, componente fundamental da membrana basal, participando do processo de invasão do estroma e invasão dos vasos sangüíneos, processo fundamental para a metástase. Portanto, o objetivo desse trabalho foi apresentar uma revisão dos aspectos gerais das MMP, abordando principalmente as MMP-2 e -9, bem como suas relações com o desenvolvimento do carcinoma epidermóide, buscando as possibilidades de prevenção e tratamento.