Alterações do fluxo salivar total não estimulado em pacientes portadores de carcinoma espinocelular de boca e orofaringe submetidos à radioterapia por hiperfracionamento

Autores

  • Maria Isabela Guebur Mestre em Ciências da Saúde pelo Hospital Heliópolis, HOSPHEL-SP - Professora da Disciplina de Anatomia Humana das Faculdades Integradas "Espírita", Curitiba-PR.
  • Abrão Rapoport Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Hospital Heliópolis, HOSPHEL - SP.
  • Laurindo Moacir Sassi Chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba - PR; Professor do Curso de Pós-Graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial da UFPR, Doutorando em Ciências da Saúde-UNIFESP-SP.
  • Benedito Valdecir de Oliveira Chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba - PR.
  • José Carlos Gasparin Pereira Chefe do Serviço de Radioterapia do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba - PR.
  • Gyl Henrique Albrecht Ramos Cirurgião Oncológico/Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba - PR.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2004v50n2.2043

Palavras-chave:

Neoplasias Orofaríngeas, Neoplasias Bucais, Radioterapia Hiperfracionada, Glândulas Salivares, Xerostomia

Resumo

A prevenção e o diagnóstico precoces são atualmente, as medidas mais eficazes de que dispomos para melhorar o prognóstico dos tumores malignos. Os tumores de boca e orofaringe são tratados com sucesso quando descobertos precocemente. A radioterapia é quase sempre um dos tratamentos de eleição para estes tumores. Quando as neoplasias são diagnosticadas em estádios mais avançados, o tratamento muitas vezes necessita ser mais rápido para ser eficiente, e com isso os radioterapeutas lançam mão do hiperfracionamento, no qual o paciente recebe duas doses diárias de radiação, com dose diária menor por fração, mas maior ao dia, ficando em cerca de 160cGy/2x/dia. Quando as glândulas salivares maiores estão presentes no campo irradiado, a xerostomia torna-se presente já na segunda semana de tratamento (1500 a 2000 cGy), alterando a saúde geral do paciente, que fica com dificuldade para se alimentar, falar e dormir. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações quantitativas do fluxo salivar total não estimulado de pacientes que se submetem ao hiperfracionamento para tratamento de carcinoma espinocelular de boca e orofaringe. Foram avaliadas as amostras de saliva de doze pacientes do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, Paraná, pacientes esses do sexo masculino. Foram coletadas duas amostras de saliva, a primeira antes da radioterapia e a segunda, ao término do tratamento. Como resultado, obtivemos perda salivar em 91,7% dos pacientes, com uma porcentagem de perda de fluxo salivar total de 62,9%, registrada na segunda coleta. Concluindo, o hiperfracionamento ocasiona xerostomia bastante acentuada quando as glândulas salivares maiores encontram-se presentes no campo irradiado.

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Publicado

2004-06-30

Como Citar

1.
Guebur MI, Rapoport A, Sassi LM, Oliveira BV de, Pereira JCG, Ramos GHA. Alterações do fluxo salivar total não estimulado em pacientes portadores de carcinoma espinocelular de boca e orofaringe submetidos à radioterapia por hiperfracionamento. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de junho de 2004 [citado 14º de maio de 2024];50(2):103-8. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2043

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