Tendências na Mortalidade por Câncer de Pele não Melanoma no Brasil e suas Macrorregiões
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2022v68n1.2083Palavras-chave:
neoplasias cutâneas/mortalidade, estudos de séries temporais, países em desenvolvimentoResumo
Introdução: O câncer de pele não melanoma (CPNM) e o mais comum entre todas as malignidades. Objetivo: Descrever as tendências da mortalidade por CPNM no Brasil e nas suas Macrorregiões, de 2001 a 2018. Método: As taxas de mortalidade ajustadas por idade e estratificadas por sexo foram apresentadas por 100 mil pessoas-ano. Uma análise autorregressiva foi implementada para avaliar tendências, Mudança Percentual Anual (MPA) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: Houve 27.550 óbitos por CPNM no Brasil com maior frequência em homens (58,1%) e entre pessoas de 70 anos e mais (64,3%). As taxas globais foram de 2,25 (homens) e 1,22 (mulheres) por 100 mil pessoas-ano. As tendências seguiram em elevação no Brasil, em homens (MPA: 2,91%; IC95%: 1,96%; 3,86%) e em mulheres (MPA: 3,51%; IC95%: 2,68%; 4,34%). O mesmo ocorreu na Região Norte, em homens (MPA: 9,75%; IC95%: 7,68%; 11,86%) e em mulheres (MPA: 10,38%; IC95%: 5,77%; 15,21%), bem como na Região Nordeste, em homens (MPA: 9,98%; IC95%: 5,59%; 14,57%) e em mulheres (MPA: 8,34%; IC95%: 3,29%; 13,64%). Conclusão: Os óbitos por CPNM não são raridade no Brasil. O país e as Regiões Norte e Nordeste experimentaram taxas com tendência em elevação. Norte e Nordeste são as Regiões mais próximas da Linha do Equador e as menos desenvolvidas socioeconomicamente. Nessas Macrorregiões, um sinergismo entre diferentes tipos de desigualdades e exposições ambientais pode estar promovendo um aumento dos óbitos por esse tipo de câncer considerado totalmente evitável.
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