Fadiga em pacientes com câncer avançado: conceito, avaliação e intervenção
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2002v48n4.2172Palavras-chave:
Fadiga, Neoplasias, Cuidados a Doentes Terminais, Qualidade de Vida, CuidadoresResumo
Fadiga é o sintoma prevalecente na doença oncológica avançada, ocorrendo em 75% a 95% dos doentes. É debilitante por comprometer as atividades da vida diária e ocasionar prejuízos à qualidade de vida. O presente estudo analisou o conceito, a prevalência e os fatores relacionados à fadiga, e identificou os métodos de avaliação e os meios de intervenção para o manejo desse sintoma. Do levantamento bibliográfico na base de dados Medline, no período de 1996 a 2001, utilizando-se as palavras-chave fatigue e cancer e palliative care, foram identificadas 68 publicações. Analisaram-se 21 artigos de periódicos, quatro capítulos de livro e cinco sites da Internet. Depreendeu-se que o conceito de fadiga e suas causas não estão bem estabelecidos, porém é considerada uma síndrome na qual fatores físicos e psíquicos contribuem para sua gênese e manifestação. Foram identificados 8 instrumentos para a avaliação da fadiga e seu controle inclui o uso de terapias farmacológicas, hematológicas, oxigenoterapia e técnicas não-farmacológicas. Dentre as técnicas não-farmacológicas destacam-se a organização do ciclo atividade/repouso, a adequada alimentação, o uso de acupuntura, técnicas de relaxamento e a atividade física, entre outras. Há a necessidade de educar profissionais, doentes e cuidadores de que a fadiga é um sintoma passível de intervenção.