Registro Hospitalar de Câncer: Cinco Anos de Experiência no Instituto do Câncer do Ceará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2000v46n4.2422Palavras-chave:
Registro de Câncer, Estudo DescritivoResumo
O Registro Hospitalar de Câncer do Instituto do Câncer do Ceará (RHC/ICC) vem trabalhando, desde 1994, na coleta sistemática de dados relacionados com as características pessoais, o diagnóstico, o tratamento e a evolução dos pacientes de câncer atendidos nesta instituição. Este trabalho apresenta os dados coletados referentes aos pacientes atendidos na instituição nos anos de 1992 até 1996. Nesse período, verificou-se na instituição um aumento constante da demanda, que foi constituída prioritariamente de mulheres, especialmente com neoplasias de mama e colo do útero. Os tumores mais freqüentes em homens foram os de próstata e de pulmão. Destaca-se o declínio na freqüência do atendimento a casos câncer de colo do útero e um expressivo aumento dos casos de câncer de próstata, face ao conseqüente aumento na média de idade, especialmente nos homens. Existe uma predominância de pacientes procedentes de Fortaleza e com baixa renda, encaminhados, na sua maioria, de instituições públicas, se bem que é observada uma clara tendência ao equilíbrio entre pacientes de instituições públicas e privadas. Apesar de a maior parte dos pacientes portadores de neoplasias chegar com tratamento prévio, especialmente cirurgia, é cada vez maior o número de tumores com estadiamento realizado ao início do tratamento, e o tratamento ser feito com modalidades terapêuticas combinadas. Foi evidenciada a necessidade de melhoria da coleta de dados no cadastro do hospital assim como no prontuário médico, especialmente em relação à situação da doença ao final do tratamento e à sobrevida após o mesmo.