Avaliação da Força de Preensão Palmar e Qualidade de Vida de Crianças com Câncer Submetidas à Quimioterapia com Vincristina
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n3.29Palavras-chave:
Força da Mão, Qualidade de Vida, Neoplasias, Criança, AdolescenteResumo
Introdução: Com a quimioterapia, os pacientes podem apresentar diversas alterações; entre elas, polineuropatia e mudança na qualidade de vida, tanto à criança como aos familiares. Objetivo: Avaliar a força de preensão palmar e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer submetidos à quimioterapia com vincristina. Método: Trata-se de um estudo, no qual os pacientes responderam aos questionários de anamnese e PedsQLTM 3.0 Câncer Module, em três momentos diferentes do tratamento. Um dos seus responsáveis foi convidado a responder ao mesmo questionário. A força de preensão palmar foi aferida por meio de um dinamômetro, nos mesmos momentos. Resultados: A amostra foi composta por sete pacientes com mediana 7 (5-15 anos); com predomínio de meninas, residentes em Porto Alegre, RS, e diagnóstico prevalente de leucemia linfoide aguda, internados na primeira semana após o diagnóstico de câncer. A força de preensão palmar apresentou redução significativa para ambos os membros (p=0,018, membro superior direito; p=0,030, membro superior esquerdo). Apesar de não apresentar resultado significativo, na maioria dos domínios do questionário de qualidade de vida, ocorreu declínio nas respostas, principalmente nas dos pais. Conclusão: A quimioterapia com vincristina reduz a força muscular periférica em pacientes com câncer, nos 30 primeiros dias. Em relação à qualidade de vida, não foi apresentada diferença significativa. Porém, dentro dos domínios, pôde-se perceber algumas alterações. Sendo assim, fica clara a importância do acompanhamento contínuo da fisioterapia junto a uma equipe preparada para esses pacientes e seus familiares.