Tumores Malignos do Intestino Delgado

Autores

  • Antonio Ziliotto Júnior Serviço de Cirurgia de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto (SP), Brasil
  • José Antonio Mansur Mendes Serviço de Cirurgia de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto (SP), Brasil
  • Johann Eugen Kunzle Serviço de Cirurgia de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto (SP), Brasil
  • Ovídio Delphini Júnior Serviço de Cirurgia de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto (SP), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1987v33n3.3214

Palavras-chave:

Tumores do Delgado, Câncer do Intestino Delgado

Resumo

Os tumores malignos primários do intestino delgado são raros e freqüentemente diagnosticados em estádios avançados. Num período de 27 anos (1960-1987) foram atendidos no Serviço de Cirurgia de Ribeirão Preto, 17 pacientes com neoplasia maligna de delgado. A maior parte das lesões se assestavam no ileo, com freqüência decrescente a montante. Havia tumores sincrônicos em 35,29% dos casos. Os sinais e sintomas clínicos mais freqüentes foram: dor abdominal (94,12%), náuseas e vômitos (52,94%), perda de peso (52,94%) e anorexia (35,29%). Por ocasião do primeiro atendimento, 3 pacientes tinham peritonite por perfuração do tumor, uma delas subseqüente à radioterapia. Dos exames complementares, o de maior valor foi o estudo radiológico contrastado do delgado. O tratamento consistiu na ressecção do segmento comprometido e do mesentério, incluindo outros órgãos eventualmente envolvidos. Em um caso, apenas a biópsia pôde ser realizada. O tipo histológico mais freqüente foi o linfoma, seguido pelo leiomiossarcoma eadenocarcinoma. Tivemos a lamentar 4 óbitos operatórios (23,53%), 3 por choque séptico (2 operados na vigência de peritonite e 1 por deiscência de anastomose) e 1 por acidente anestésico. Foi empregada a quimio e/ou radioterapia adjuvante em todos os pacientes que sobreviveram o pós-operatóno, à exceção de um paciente que se negou a recebê-los. Todos os 3 pacientes com leiomiossarcoma apresentaram recidiva e foram reoperados. Quatro pacientes estavam vivos por ocasião do último seguimento, com sobrevida entre 2 e 15 anos. A sobrevida de 5 anos foi de 25% para os linfomas (38% quando excluídos os óbitos operatórios) e de 100% para os adenocarcinomas, embora se trate de apenas 2 casos. Desde que os sinais e sintomas nos tumores de delgado são vagos e mal definidos, é necessário que esse diagnóstico seja cogitado para que o diagnóstico mais precoce seja estabelecido e conseqüentemente se tenha um melhor prognóstico.

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Publicado

2023-08-03

Como Citar

1.
Ziliotto Júnior A, Mendes JAM, Kunzle JE, Delphini Júnior O. Tumores Malignos do Intestino Delgado. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 3º de agosto de 2023 [citado 23º de dezembro de 2024];33(3):235-40. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3214

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