Valor do Antígeno Carcinoembriônico no Acompanhamento das Neoplasias Malignas do Trato Gastrentérico

Autores

  • Léa Mirian Barbosa da Fonseca Médica Nuclear. Serviço de Medicina Nuclear. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Rossana Corbo Médica Endocrinologista. Serviço de Medicina Nuclear. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Heloisa Helena Correa Bióloga. Serviço de Medicina Nuclear. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Neusa Prado R. da Silveira Técnica. Serviço de Medicina Nuclear. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1986v32n2.3245

Palavras-chave:

Antígeno Carcinoembriônico, Marcador Câncer, Radioimunoensaio, Cintilografia

Resumo

A importância da dosagem de antígeno carcinoembriônico (CEA) nos tumores malignos do trato gastrentérico foi avaliada. Foram estudados 61 pacientes sendo 22 pacientes portadores de carcinoma de reto (36,0611.), 18 de cólon (29,54%), oito de estômago (13,1 1%), cinco de sigmóide (8,19%), quatro de canal anal (6,55%) e quatro de ceco (6,55%). A correlação entre dosagem elevada de CEA e presença de tumor foi de 63,6% e na presença de metástases foi de 60,6%. O tipo histológico mais encontrado foi o adenocarcinoma e o CEA esteve elevado na totalidade dos casos de adenocarcinomas bem diferenciados. A dosagem de CEA mostrou-se mais sensível em detectar metástases do que a cintilografia hepática, o que se evidenciou pela presença de cintilografia normal com elevação dos níveis de CEA. A sobrevida foi de 100% nos pacientes que apresentavam CEA normal no pré-operatório; dos que apresentavam níveis elevados de CEA, apenas 40% estavam vivos após 16 meses. Salientam-se as possíveis interferências nas dosagens séricas de CEA e sua interpretação, a importância da dosagem tecidual do marcador e a necessidade de estabelecer um protocolo de acompanhamento pré e pós-cirúrgico para melhor interpretação das dosagens de CEA e evolução da doença em estudo.

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Referências

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Publicado

2023-08-07

Como Citar

1.
Fonseca LMB da, Corbo R, Correa HH, Silveira NPR da. Valor do Antígeno Carcinoembriônico no Acompanhamento das Neoplasias Malignas do Trato Gastrentérico. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 7º de agosto de 2023 [citado 29º de abril de 2024];32(2):115-9. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3245

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