Ganho Ponderal durante o Tratamento Oncológico Sistêmico para Câncer de Mama: Mudanças na Ingestão Alimentar e na Atividade Física
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.360Palavras-chave:
Neoplasias da Mama/terapia, Ganho de Peso, Ingestão de Alimentos, ExercícioResumo
Introdução: O ganho ponderal ocorre com frequência durante o tratamento oncológico para o câncer de mama. Objetivo: Avaliar as mudanças da ingestão alimentar e da atividade física na evolução ponderal de mulheres sob tratamento oncológico sistêmico para câncer de mama. Método: Estudo prospectivo e comparativo que incluiu 89 mulheres submetidas a tratamento oncológico sistêmico para neoplasia mamária, agrupadas de acordo com a ocorrência de aumento ponderal em relação ao peso corporal documentado antes do início do tratamento. As pacientes foram classificadas em 1) Grupo com ganho ponderal (aumento ≥2% em relação ao peso pré-tratamento); 2) Grupo sem ganho ponderal (ganho ou manutenção do peso durante o tratamento). O índice de massa corporal foi calculado e a composição corporal foi determinada por impedância bioelétrica. Foram documentadas mudanças na ingestão de alimentos e no padrão de atividade física, queixas digestivas e alterações da massa corporal muscular e adiposa. Resultados: Os grupos com ganho ponderal (n=36) e sem ganho ponderal (n=53) foram semelhantes quanto ao estadiamento tumoral (p=0,24), emprego das classes de drogas antineoplásicas (p=0,23) e modalidade de tratamento oncológico (p=0,61). Durante o tratamento oncológico sistêmico, a composição corporal foi semelhante entre os grupos de estudo. Comparadas com o Grupo sem ganho de peso, houve maior proporção de aumento na ingestão alimentar e de restrição na atividade física entre as mulheres que ganharam peso. Conclusão: O ganho ponderal em mulheres com neoplasia mamária em tratamento oncológico sistêmico pode ser atribuído à maior ingestão energética e à redução na atividade física.
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