Atendimento de Emergência Pediátrica a Crianças e Adolescentes com Câncer: Causas de Consultas e Fatores associados à Internação

Autores

  • Maria Ourinda Mesquita da Cunha Instituto Nacional de Câncer (INCA), Departamento de Oncologia Pediátrica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5863-5477
  • Fernanda Ferreira da Silva Lima Instituto Nacional de Câncer (INCA), Departamento de Oncologia Pediátrica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6658-3101
  • Marilia Fornaciari Grabois Instituto Nacional de Câncer (INCA), Departamento de Oncologia Pediátrica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9368-1030
  • André Ricardo Araújo da Silva Universidade Federal Fluminense (UFF), Departamento de Saúde Maternal e Infantil. Niterói (RJ), Brazil. https://orcid.org/0000-0002-3896-9226
  • Sima Ferman Instituto Nacional de Câncer (INCA), Departamento de Oncologia Pediátrica. Rio de Janeiro (RJ), Brazil. https://orcid.org/0000-0002-7076-6779

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n4.4076

Palavras-chave:

neutropenia febril, oncologia, serviços médicos de emergência, criança, adolescente

Resumo

Introdução: O atendimento de emergência pediátrica é essencial para o tratamento adequado das complicações associadas ao câncer pediátrico e para aumentar as chances de cura. Objetivo: Descrever as emergências associadas ao câncer pediátrico e seus desfechos, e analisar os fatores associados à hospitalização. Método: Estudo de coorte observacional retrospectivo incluindo pacientes com idade ≤ 19 anos que foram atendidos na emergência pediátrica de um hospital oncológico geral no período de 17 de abril a 17 de outubro de 2019. As variáveis analisadas foram demográficas, socioeconômicas, fatores relacionados à doença e ao tratamento, razões para procurar atendimento de emergência e resultados associados. Resultados: Foram incluídos 309 pacientes que necessitaram de 994 consultas de emergência, totalizando 766 causas de atendimento. A idade mediana foi de 4,86 anos; 50,8% eram do sexo feminino e 51,5% afirmaram ser da raça branca. Os pacientes apresentavam tumores sólidos (49,8%), tumores do sistema nervoso central (27,5%) e neoplasias hematológicas (15,5%). A maioria dos pacientes foi liberada para a residência (72,2%) ou casa de apoio (6,7%). A febre foi o sintoma mais frequente (30,8%) e o motivo mais comum de admissão. Os pacientes foram internados em enfermaria (19,2%), ou em unidade de terapia intensiva pediátrica (2,0%). Somente dois dos 309 (0,6%) pacientes atendidos na emergência pediátrica morreram nesse setor, estando estes em cuidados de fim de vida. Conclusão: A disponibilidade de um departamento de emergência pediátrica com profissionais especializados e treinados em cuidados de suporte a pacientes pediátricos com câncer foi essencial para o manejo das complicações relacionadas à doença e ao tratamento.

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Publicado

2023-09-29

Como Citar

1.
Cunha MOM da, Lima FF da S, Grabois MF, Silva ARA da, Ferman S. Atendimento de Emergência Pediátrica a Crianças e Adolescentes com Câncer: Causas de Consultas e Fatores associados à Internação. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 29º de setembro de 2023 [citado 23º de dezembro de 2024];69(4):e-034076. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/4076

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