Atendimento de Emergência Pediátrica a Crianças e Adolescentes com Câncer: Causas de Consultas e Fatores associados à Internação
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n4.4076Palavras-chave:
neutropenia febril, oncologia, serviços médicos de emergência, criança, adolescenteResumo
Introdução: O atendimento de emergência pediátrica é essencial para o tratamento adequado das complicações associadas ao câncer pediátrico e para aumentar as chances de cura. Objetivo: Descrever as emergências associadas ao câncer pediátrico e seus desfechos, e analisar os fatores associados à hospitalização. Método: Estudo de coorte observacional retrospectivo incluindo pacientes com idade ≤ 19 anos que foram atendidos na emergência pediátrica de um hospital oncológico geral no período de 17 de abril a 17 de outubro de 2019. As variáveis analisadas foram demográficas, socioeconômicas, fatores relacionados à doença e ao tratamento, razões para procurar atendimento de emergência e resultados associados. Resultados: Foram incluídos 309 pacientes que necessitaram de 994 consultas de emergência, totalizando 766 causas de atendimento. A idade mediana foi de 4,86 anos; 50,8% eram do sexo feminino e 51,5% afirmaram ser da raça branca. Os pacientes apresentavam tumores sólidos (49,8%), tumores do sistema nervoso central (27,5%) e neoplasias hematológicas (15,5%). A maioria dos pacientes foi liberada para a residência (72,2%) ou casa de apoio (6,7%). A febre foi o sintoma mais frequente (30,8%) e o motivo mais comum de admissão. Os pacientes foram internados em enfermaria (19,2%), ou em unidade de terapia intensiva pediátrica (2,0%). Somente dois dos 309 (0,6%) pacientes atendidos na emergência pediátrica morreram nesse setor, estando estes em cuidados de fim de vida. Conclusão: A disponibilidade de um departamento de emergência pediátrica com profissionais especializados e treinados em cuidados de suporte a pacientes pediátricos com câncer foi essencial para o manejo das complicações relacionadas à doença e ao tratamento.
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