Mortalidade por Câncer de Fígado e Vias Biliares no Brasil: Tendências e Projeções até 2030
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n4.435Palavras-chave:
Neoplasias Hepáticas/mortalidade, Neoplasias Hepáticas/epidemiologia, Neoplasias dos Ductos Biliares/mortalidade, Neoplasias dos Ductos Biliares/epidemiologia, PrevisõesResumo
Introdução: A neoplasia de fígado e vias biliares intra-hepáticas é a sétima mais incidente e representa a segunda maior causa de morte por câncer no mundo. Sendo assim, é crucial compreender a epidemiologia dessa doença, no que diz respeito às tendências temporais da mortalidade e da carga que essa doença apresentará no futuro. Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer de fígado e vias biliares no Brasil e calcular as projeções de mortalidade até 2030. Método: Estudo ecológico baseado em óbitos por neoplasia maligna de fígado e vias biliares intra-hepáticas (C22) ocorridos no Brasil no período de 2001 a 2015 e registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade. As tendências de mortalidade foram analisadas pela regressão Joinpoint; para o cálculo das projeções, foi utilizado o programa Nordpred. Resultados: Para o sexo feminino, houve redução das taxas de mortalidade nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte no Brasil; para o sexo masculino, essas Regiões apresentaram tendências de aumento, porém não significativo. As taxas de mortalidade para o sexo feminino apresentarão reduções no futuro, com destaque para as taxas das Regiões Norte e Nordeste, com redução de cerca de 30% até 2030. Para o sexo masculino, haverá acréscimo de 12% nas taxas de mortalidade para a Região Sul. Conclusão: A mortalidade por câncer de fígado e vias biliares no Brasil apresenta tendência de redução para o sexo feminino e estabilidade para o sexo masculino, e essa característica será mantida nas próximas décadas.