Impacto do Estado Nutricional e da Força Muscular Sobre o Estado de Saúde Geral e Qualidade de Vida em Pacientes com Câncer de Trato Gastrintestinal e de Pulmão
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2013v59n1.541Palavras-chave:
Neoplasias Gastrointestinais, Neoplasias pulmonares, Estado Nutricional, Força Muscular, Qualidade de VidaResumo
Introdução: A desnutrição e frequente em pacientes oncológicos, interferindo na funcionalidade e na qualidade de vida. Objetivos: Avaliar o impacto do estado nutricional e da força muscular na qualidade de vida de pacientes com câncer do trato gastrintestinal e de pulmão indicados a quimioterapia. Método: Estudo transversal em um serviço de quimioterapia do Sul do Brasil. Os pacientes tiveram o estado nutricional avaliado pelo Índice de Massa Corporal e pela Avaliação Subjetiva Global, a funcao muscular avaliada por dinamometria; e o domínio de Estado de Saude Geral e Qualidade de Vida avaliado pelo questionário European Organization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Questionnaire Core-30. Os dados foram analisados no pacote estatístico Stata 11.1R. Resultados: A maioria dos pacientes era homem (57,1%) e a idade media foi 63,9 ±22,6 anos. Tumores de trato gastrintestinal foram mais prevalentes (74%). Segundo o Índice de Massa Corporal, 60% da amostra estava eutrófica; porém a Avaliação Subjetiva Global encontrou somente 13% bem nutridos. O escore de qualidade de vida medio foi 68 ±21,3. A média da forca de preensão manual não dominante foi 25,7 ±10,1Kgf, sem associação com qualidade de vida (p=0,3). O pior estado nutricional associou-se com menores escores de qualidade de vida tanto pelo Índice de Massa Corporal (p=0,04) quanto pela Avaliação Subjetiva Global (p=0,007). Conclusão: Houve alta prevalência de desnutrição segundo a Avaliação Subjetiva Global, e o estado nutricional influenciou significativamente o Estado de Saúde Geral e Qualidade de Vida, não estando; porém, a força muscular associada.