Análise das Discordâncias Diagnósticas dos Exames Citopatológicos do Programa de Monitoramento Externo de Qualidade no Estado de São Paulo, Brasil, 2000-2010
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n3.605Palavras-chave:
Controle de Qualidade, Citodiagnóstico, Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico, Neoplasias do Colo do Útero/patologia, Programas de Rastreamento, Prevenção de Câncer de Colo UterinoResumo
Introdução: O Programa de Monitoramento Externo de Qualidade (MEQ) dos exames citopatológicos cervicovaginais realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS ) foi proposto pelo Ministerio da Saúde (MS) para melhorar o desempenho dos laboratórios de citologia da Rede Pública de Saúde. Objetivo: Avaliar as discordâncias diagnósticas dos exames citopatológicos cervicovaginais submetidos a revisão pelo Programa de MEQ do Estado de São Paulo, no período de 2000 a 2010. Método: Avaliação comparativa retrospectiva dos diagnósticos emitidos pelos lab-SUS e dos diagnósticos de revisão dos exames citopatológicos cervicovaginais. Resultados: Das 123.002 amostras revisadas, 16.581 (13,48%) apresentaram discordância diagnóstica, sendo que, em 14.313 (11,64%) casos, houve divergência entre a conduta adotada e a preconizada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Foram considerados exames falso-positivos 2.530 (2,06%) e falso-negativos 2.154 (1,75%). A sensibilidade foi de 92,02% e especificidade de 96,49%. Houve concordancia boa entre os diagnósticos originais e de revisão (kappa=0,77). Conclusão: Além do conjunto de atividades básicas propostas pelo MS, o MEQ do Estado de São Paulo destaca as ações educativas implementadas, adotadas para promover a educação continuada no sentido da uniformização de critérios citomorfológicos e a consequente redução dos resultados falso-negativos e falso-positivos.