Influência do Tratamento Antineoplásico sobre os Vetores de Bioimpedância Elétrica em Pacientes com Câncer de Mama

Autores

  • Natássia Ellen Rodrigues Paiva Barros Universidade de Fortaleza (Unifor). Fortaleza (CE), Brasil
  • Maria Cristina Câmara Bernhard Universidade de Fortaleza (Unifor). Fortaleza (CE), Brasil.
  • Antônio Augusto Carioca Faculdade de Saúde Pública (FSP)/ Universidade de São Paulo (USP). São Paulo (SP), Brasil.
  • Nágila Raquel Teixeira Damasceno Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP)/ Universidade de São Paulo (USP). São Paulo (SP), Brasil.
  • Sara Maria Moreira Lima Verde Curso de Nutrição da Unifor. Fortaleza (CE), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2015v61n3.252

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama, Composição Corporal, Quimioterapia, Impedância Elétrica, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos, Estudo Observacional

Resumo

Introdução: A quimioterapia aparece como promotora do aumento no peso e no percentual de gordura, os quais estão em conexão com o desenvolvimento da carcinogênese mamária. Objetivo: Avaliar a influência do tratamento antineoplásico sobre a composição corporal e vetores de impedância bioelétrica em mulheres com neoplasia da mama. Método: Estudo observacional, tipo antes e depois, realizado de março de 2012 a junho de 2013, no Hospital Geral de Fortaleza (Ceará, Brasil), com 30 mulheres com tumor na mama, avaliadas após o diagnóstico e antes do tratamento antineoplásico (M1), e após o tratamento antineoplásico (M2). Coletaram-se dados antropométricos, de composição corporal e valores de resistência (R) e reactância (Xc) para análise vetorial de impedância bioelétrica (BIVA). Resultados: Os percentuais de gordura corporal estiveram acima do recomendado nos dois momentos [M1= 35,6% (4,9) e M2= 35,3% (4,7)] e os valores de massa magra foram, respectivamente, 64,3% (4,9), 64,6% (4,7) sem diferenças significativas. A Reactância (p=0,001) e o ângulo de fase (p=0,000) apresentaram-se diminuídos no M2. Os vetores de impedância, quando comparados M1 e M2, não mostraram deslocamento significativo (p=0,053). Entretanto, ao serem comparados com o vetor médio de uma população de referência, apresentaram deslocamento significativo antes (T2=95,2; p=0,000) e após (T2=53,2; p=0,000) o tratamento antineoplásico, indicando alterações nas propriedades elétricas dos tecidos, retenção hídrica e perda de massa celular. Conclusão: A composição corporal não se alterou após o tratamento antineoplásico. As modificações nos vetores de impedância foram sugestivas de alterações nas propriedades elétricas dos tecidos, indicando pior prognóstico clínico.

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Publicado

2015-09-30

Como Citar

1.
Barros NERP, Bernhard MCC, Carioca AA, Damasceno NRT, Verde SMML. Influência do Tratamento Antineoplásico sobre os Vetores de Bioimpedância Elétrica em Pacientes com Câncer de Mama. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de setembro de 2015 [citado 29º de março de 2024];61(3):227-34. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/252

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL