Escore de Consumo de Alimentos Ultraprocessados entre Mulheres Brasileiras Sobreviventes do Câncer: Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil, 2019
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2025v71n1.4927Palavras-chave:
Sobreviventes de Câncer, Alimento Processado, Neoplasias da Mama, Neoplasias do Colo do Útero, Neoplasias OvarianasResumo
Introdução: O consumo de alimentos ultraprocessados tem aumentado na população brasileira nos últimos anos e está associado ao desenvolvimento e agravamento de doenças crônicas como o câncer. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados por mulheres brasileiras sobreviventes dos cânceres de mama, ovário e colo do útero. Método: Estudo transversal com informações secundárias da Pesquisa Nacional de Saúde (2019), um inquérito de saúde da população brasileira em geral, que investigou aspectos sociodemográficos, clínicos e alimentares, de onde foram coletadas informações de mulheres adultas com diagnósticos autorreferidos de câncer de mama, ovário e colo do útero. O consumo de alimentos ultraprocessados foi avaliado pelo escore NOVA, baseado na frequência de consumo de tipos de alimentos ultraprocessados. A associação entre o diagnóstico de câncer e o consumo de alimentos ultraprocessados foi explorada usando modelos de regressão de Poisson com variação robusta, software Stata/MP 17.0. Resultados: A prevalência de consumo de cinco ou mais tipos de alimentos ultraprocessados foi de 7,8% entre as mulheres com histórico de câncer, sendo mais alta entre as com câncer de ovário e menos de 40 anos. A associação entre consumo de ultraprocessados e câncer variou conforme o índice de massa corporal e o tipo de câncer, com maiores prevalências entre mulheres com obesidade e câncer do colo do útero (RP=6,37; IC95%:1,46;27,68). Conclusão: Pacientes com câncer consomem alimentos ultraprocessados em quantidade expressiva, com maiores prevalências de consumo entre mulheres com obesidade e com câncer do colo do útero.
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