Influência do Tratamento Antineoplásico sobre os Vetores de Bioimpedância Elétrica em Pacientes com Câncer de Mama
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2015v61n3.252Palavras-chave:
Neoplasias da Mama, Composição Corporal, Quimioterapia, Impedância Elétrica, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos, Estudo ObservacionalResumo
Introdução: A quimioterapia aparece como promotora do aumento no peso e no percentual de gordura, os quais estão em conexão com o desenvolvimento da carcinogênese mamária. Objetivo: Avaliar a influência do tratamento antineoplásico sobre a composição corporal e vetores de impedância bioelétrica em mulheres com neoplasia da mama. Método: Estudo observacional, tipo antes e depois, realizado de março de 2012 a junho de 2013, no Hospital Geral de Fortaleza (Ceará, Brasil), com 30 mulheres com tumor na mama, avaliadas após o diagnóstico e antes do tratamento antineoplásico (M1), e após o tratamento antineoplásico (M2). Coletaram-se dados antropométricos, de composição corporal e valores de resistência (R) e reactância (Xc) para análise vetorial de impedância bioelétrica (BIVA). Resultados: Os percentuais de gordura corporal estiveram acima do recomendado nos dois momentos [M1= 35,6% (4,9) e M2= 35,3% (4,7)] e os valores de massa magra foram, respectivamente, 64,3% (4,9), 64,6% (4,7) sem diferenças significativas. A Reactância (p=0,001) e o ângulo de fase (p=0,000) apresentaram-se diminuídos no M2. Os vetores de impedância, quando comparados M1 e M2, não mostraram deslocamento significativo (p=0,053). Entretanto, ao serem comparados com o vetor médio de uma população de referência, apresentaram deslocamento significativo antes (T2=95,2; p=0,000) e após (T2=53,2; p=0,000) o tratamento antineoplásico, indicando alterações nas propriedades elétricas dos tecidos, retenção hídrica e perda de massa celular. Conclusão: A composição corporal não se alterou após o tratamento antineoplásico. As modificações nos vetores de impedância foram sugestivas de alterações nas propriedades elétricas dos tecidos, indicando pior prognóstico clínico.