Alterações hemodinâmicas durante ressecção de feocromocitoma por videolaparoscopia. Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2002v48n4.2168Palabras clave:
Feocromocitoma, Neoplasias das Glândulas Supra-Renais, Hemodinâmica, Anestesia, VideolaparoscopiaResumen
Feocromocitomas são tumores malignos raros que sintetizam, armazenam e secretam catecolaminas. 85% destes localizam-se na supra-renal. Freqüentemente são passíveis de ressecção curativa. Entretanto, a extirpação desses tumores pode ser potencialmente fatal devido às alterações hemodinâmicas agudas e severas que podem ocorrer no perioperatório. A cirurgia videolaparoscópica é o tratamento de eleição, permitindo uma manipulação menos traumática do tumor e acesso à veia adrenal com menor liberação de catecolaminas. Entretanto, a produção do pneumoperitônio pode levar ao aumento destas. O manejo anestésico no pré e perioperatório continua sendo um desafio, pois as alterações hemodinâmicas variam de um paciente para outro, independente do preparo prévio. Relatamos o caso de um paciente jovem com tumor na supra-renal direita, internado com quadro de pouca repercussão clínica, no qual não foram utilizados bloqueadores adrenérgicos no pré-operatório. As alterações cardiovasculares que ocorrem durante a confecção do pneumoperitônio para ressecção da massa tumoral foram prontamente controladas com o vasodilatador nitroprussiato de sódio e o beta-bloqueador esmolol. Uma revisão bibliográfica sobre as várias técnicas anestésicas e monitorização empregadas no perioperatório foi realizada.