Evolução da Mortalidade e Anos Potenciais de Vida Perdidos por Câncer Cérvico-Uterino em Salvador (BA), 1979-1997
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2001v47n2.2329Palabras clave:
Neoplasias do Colo Uterino, Coeficiente de Mortalidade, Indicadores de Morbi-Mortalidade, Anos de Vida PerdidosResumen
O câncer cérvico-uterino, quando diagnosticado e tratado precocemente, constitui-se em uma causa de morte evitável. Entretanto, no Brasil, a mortalidade por esta causa ainda é elevada, persistindo como problema de saúde pública. O objetivo deste trabalho é descrever a evolução da mortalidade e estimar os anos potenciais e produtivos de vida perdidos por esta neoplasia, em Salvador (BA), entre 1979 e 1997. Trata-se de um estudo de agregados de série temporal, no qual foram considerados todos os óbitos de mulheres com idade igual ou superior a 20 anos, que tiveram como causa básica de morte o câncer de colo uterino e de porção não especificada do útero. Utilizou-se como fontes de dados o CD ROM: DATA SUS-MS (Sistema Único de Saúde-Ministério da Saúde), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Os indicadores empregados foram as taxas de mortalidade específicas por idade, brutas e padronizadas por idade. Houve um decréscimo de 50,6% na taxa padronizada de mortalidade por este tipo de câncer, no período analisado, cujos valores variaram de 17,6/100.000 mulheres em 1979 a 8,7/100.000 em 1997. Observou-se ainda que o risco de morte por esta causa cresce à medida que aumenta a idade, sendo a sua magnitude mais expressiva a partir de 40 anos. A variação da média de anos potenciais de vida perdidos por mulher foi de 15,5 no ano de 1986 a 20,4 em 1980. Os autores concluem que a mortalidade por câncer cérvico-uterino neste município ainda é alta e discutem os possíveis fatores determinantes da evolução desta mortalidade. Destacam a necessidade de ações efetivas na prevenção da morbi-mortalidade por esta causa.