Quimioterapia primária com M-VAC no câncer localizado da bexiga: análise de sobrevida após cinco anos
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1993v39n4.3044Palabras clave:
Câncer de Bexiga, Quimioterapia com M-VacResumen
Quimioterapia neo-adjuvante com M- VAC tem sido empregada em câncer localizado de bexiga com o objetivo de eliminar micrometástases inaparentes e melhorar a sobrevida destes pacientes. Baseados em resultados preliminares favoráveis, os autores estabeleceram um protocolo de fase 1/onde quimioterapia (QT) primária com M-VAC foi administrada por três ou quatro ciclos a 36 pacientes com carcinoma de células transicionais (CCT) infiltrativo de bexiga. Nos casos com resposta completa (RC) à QT preservou-se a bexiga e naqueles com resposta parcial ou ausente (RP/RN) ou com recorrência posterior da neoplasia, procedeu-se à cistectomia de resgate. Trinta dos 36 pacientes completaram o protocolo e foram seguidos por pelo menos cinco anos (mediana = 78 meses). Globalmente, 15 deles ou 50% (intervalo de confiança de 95%, 32% a 68%) estavam vivos e livres de doença após cinco anos. Quando os pacientes foram estratificados de acordo com a resposta à QT, respectivamente 79% e 25% dos casos com RC e com RP/RN apresentavam-se vivos e livres de doença (p = 0,0002). De acordo com estes resultados, Q Tprimária com M- VA C em CCT localizado de bexiga não parece aumentar a sobrevida global dos pacientes, quando comparada com as outras modalidades clássicas de tratamento. Esta estratégia terapêutica parece segregar casos de bom e mau prognóstico, com altos índices de sobrevida nos pacientes com RC à QT e evolução desfavorável naqueles com RP/RN, independente da remoção precoce da bexiga.
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