Reconstrução com retalho miocutâneo anterior da coxa após hemipelvectomia por carcinoma de células escamosas de região glútea: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2002v48n2.2237Palavras-chave:
Hemipelvectomia, Reconstrução, Retalhos Cirúrgicos, CoxaResumo
Hemipelvectomia utilizando retalho miocutâneo anterior é indicada para tumores extensos da região glútea e parte posterior proximal da coxa. Um paciente do sexo masculino com 49 anos apresentou-se para tratamento de tumor ulcerado e infectado com crescimento progressivo há 3 anos em região glútea esquerda, originado de uma área de ulceração e cicatrização crônicas provocadas pela aplicação de múltiplas injeções de drogas ilícitas no local. O tumor infiltrava a pele, tecido celular subcutâneo e musculatura glútea, estando fixo ao osso ilíaco, articulação coxo-femural e trocanter maior. A tomografia computadorizada da pelve confirmou os achados do exame físico. A biópsia aberta foi realizada e revelou um carcinoma de células escamosas. Hemipelvectomia externa foi a opção escolhida para o tratamento. Um grande defeito foi criado após ressecção da extremidade inferior, hemipélvis e glúteo. Um retalho miocutâneo anterior do músculo quadríceps femural, adutores, sartório, pectíneo e grácil com pele e tecido celular subcutâneo sobrejacentes foi realizado. Os vasos femurais foram utilizados para manter o retalho viável. A recuperação pós-operatória aconteceu sem intercorrências e o retalho permaneceu totalmente viável. Alguns aspectos da técnica são apresentados.