Perfil de Utilização de Imunossupressores para Profilaxia de Doença Enxerto Versus Hospedeiro em Pacientes Submetidos ao Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.148Palavras-chave:
Uso de Medicamentos, Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas, Doença Enxerto-Hospedeiro, Imunossupressores, FarmacoepidemiologiaResumo
Introdução: Imunossupressores apresentam alta toxicidade associada à estreita faixa terapêutica, devendo ter controle de níveis séricos. Assim, é necessário o estudo de utilização de medicamentos em clínicas que os utilizam, fornecendo uma visão geral de seu consumo e uso racional em uma dada população. Objetivo: Identificar o perfil de utilização de imunossupressores para profilaxia de doença enxerto versus hospedeiro em pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas, em um centro de transplante de medula óssea. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. Os imunossupressores utilizados em 2017 foram classificados segundo um sistema de classificação internacional, seu consumo expresso em Dose Diária Definida e seus protocolos analisados segundo as Diretrizes para profilaxia de doença enxerto contra hospedeiro do Consenso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea de 2015. Resultados: O regime de condicionamento mieloablativo foi o mais frequente (51,7%). O protocolo de imunossupressão mais prescrito foi ciclosporina com metotrexato (37,9%). Dos 29 pacientes elegíveis, 23 (79,3%) tiveram protocolos seguindo recomendações do consenso de 2015. Metotrexato, ciclosporina intravenosa e micofenolato foram responsáveis por 85,64% do consumo. Conclusão: Nesse trabalho, só foi possível identificar um perfil de uso de imunossupressores e realizar comparações dentro da instituição devido à escassez de estudos de utilização desses medicamentos. Portanto, novos estudos devem ser realizados a fim de promover seu uso racional e elaborar políticas públicas com acesso a esses medicamentos.