A deferroxamina na profilaxia da enterite actínica - estudo experimental em ratos
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2004v50n2.2042Palavras-chave:
Deferroxamina, Enterite Actínica, Peroxidação de Lipídios, Ratos de WistarResumo
Foi realizado estudo experimental para avaliar a eficácia da deferroxamina (DFX) na profilaxia da enterite actínica em ratos Wistar. Oito grupos foram criados: I - Controle; II - Simulação; III, V e VII - Irradiação sem DFX profilática e sacrifício após 15 horas, 5 e 30 dias respectivamente; IV, VI e VIII - Irradiação com DFX profilática e sacrifício após 15 horas, 5 e 30 dias respectivamente. Os animais dos grupos de tratamento tiveram um segmento de 10cm de íleo terminal proximais à válvula íleo-cecal irradiado com 1.000 cGy em dose única (cobaltoterapia). A DFX foi aplicada por via intraperitoneal (100mg/kg de peso corpóreo) uma hora antes do início da irradiação. As variáveis avaliadas foram clínicas (mortalidade), bioquímicas e histológicas qualitativas e quantitativas. No estudo bioquímico utilizamos o cálculo do nível de significância da diferença das médias e seus respectivos desviospadrão, com p significativo para valores menores que 0,05 e nos estudos histopatológicos os testes F de Brieger para análise de variância e de Tukey para a comparação entre as médias. Os resultados encontrados demonstraram maior mortalidade no grupo sem profilaxia do que no com profilaxia aos 5 dias (p < 0,01); níveis de malondialdeído significativamente maiores no grupo de 15 horas sem DFX do que no com profilaxia; lesões exudativas mais proeminentes nos grupos que não receberam profilaxia. A morfometria do grupo de 30 dias com profilaxia foi normal. Os autores concluíram que a DFX foi eficaz na profilaxia da enterite actínica a nível histológico e atribuem seu efeito à sua capacidade significativa de redução precoce da peroxidação lipídica.