Aspectos histológicos da reparação tecidual de feridas cutâneas abertas sob efeito de quimioterapia com cisplatina (Cisdiaminodicloroplatina- II): estudo experimental em ratos
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2004v50n2.2047Palavras-chave:
Ferimentos e Lesões, Cicatrização, Tratamento FarmacológicoResumo
Foi estudada a ação da cisplatina sobre a cicatrização de feridas cutâneas abertas, em 60 ratos Wistar, machos, com peso médio de 296,2 gramas, do ponto de vista histológico. Os animais foram divididos em dois grupos de 30, e cada grupo em três subgrupos de dez animais. No grupo 1 (controle) foi injetado soro fisiológico a 0,9%, por via intraperitoneal, em volume equivalente ao da cisplatina administrada ao grupo 2, imediatamente após a confecção de uma ferida aberta da cútis, provocada com um vazador de 20 mm de diâmetro, na região dorsalis do animal. No grupo 2 (experimento), executou-se o mesmo procedimento cirúrgico do grupo 1 e administrou-se cisplatina (3 mg/kg de peso corporal, associada a soro fisiológico a 0,9% na proporção de 20,0% do peso corpóreo), pela mesma via. Os animais foram sacrificados no 7º, 14º e 21º dias de pós-operatório. As alterações histológicas do efeito da cisplatina, constatadas mediante microscopia óptica, se fizeram predominantemente significantes (p <0,005) no 14.º dia de observação, tais como: aumento da área de tecido de granulação, redução do número de núcleos redondos/campo; de núcleos fusiformes (fibroblastos e histiócitos em transformação/campo); de fibras colágenas/campo e aumento do número de vasos/campo. No 21º dia de observação, ocorreram alterações histológicas significantes em relação ao grupo 1, tais como: maior área de tecido necrosado, menor número de núcleos fusiformes, de fibras colágenas/campo e maior neovascularização. Conclui-se que a cisplatina retarda a cicatrização de feridas cutâneas circulares abertas em ratos.