p53 e as hemopatias malignas

Autores

  • Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior Professor assistente do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DACT/UFRN). Doutorando do Laboratório de Hematologia Celular e Molecular do Serviço de Hematologia do Hospital do Câncer I / INCA-RJ.
  • Claudete Esteves Klumb Médica hematologista do Serviço de Hematologia do Hospital do Câncer I / INCA-RJ. Doutoranda do laboratório de Hematologia Celular e Molecular do Serviço de Hematologia do Hospital do Câncer-I / INCA-RJ.
  • Raquel C Maia Médica hematologista do Serviço de Hematologia do Hospital do Câncer I / Coordenadora do Laboratório de Hematologia Celular e Molecular do Serviço de Hematologia do Hospital do Câncer-I / INCA-RJ.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2002v48n3.2218

Palavras-chave:

Gene p53, Hemopatias Malignas, Mutação

Resumo

p53 é um gene supressor tumoral, que codifica uma fosfoproteína nuclear que desempenha um papel importante no controle do ciclo celular, no reparo do DNA e na indução da apoptose. Em condições de stress, particularmente por indução de dano no DNA, a proteína p53 bloqueia o ciclo celular, permitindo dessa forma o reparo do DNA ou promovendo a apoptose. Estas funções são efetuadas pela capacidade transcricional da proteína p53 que ativa uma série de genes envolvidos na regulação do ciclo celular. A forma mutada da p53 é incapaz de controlar a proliferação celular, resultando em reparo ineficiente do DNA e na emergência de células geneticamente instáveis. As alterações mais comuns nas neoplasias são mutações pontuais dentro das seqüências codificantes deste gene. Nas hemopatias malignas, estas mutações, freqüentemente do tipo pontuais, têm sido observadas com menor ocorrência do que em tumores sólidos. Nas neoplasias hematológicas estas alterações são mais observadas na crise blástica da leucemia mielóide crônica, progressão da síndrome mielodisplásica para leucemia mielóide aguda, na transformação do linfoma folicular para linfoma de alto grau, na evolução da leucemia linfóide crônica para síndrome de Richter e recorrência de leucemias agudas. Esta revisão tem como objetivo avaliar as alterações do gene p53 nas hemopatias malignas e discutir o significado clínico destas alterações genéticas na patogenia e prognóstico nessas neoplasias.

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Publicado

2002-09-30

Como Citar

1.
Cavalcanti Júnior GB, Klumb CE, Maia RC. p53 e as hemopatias malignas. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de setembro de 2002 [citado 2º de novembro de 2024];48(3):419-27. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2218

Edição

Seção

REVISÃO DE LITERATURA

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