Avaliação de Risco Cirúrgico em Doentes de Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1966v22n32.4121Palavras-chave:
Procedimentos Cirúrgicos Operatórios, Complicações Intraoperatórias, Medição de Risco, Neoplasias/enfermagemResumo
A avaliação do risco cirúrgico em cancerosos deve ser feita levando-se em conta, não só as repercussões somáticas da neoplasia, mas tamhém as de outras doenças intercorrentes. A idade, o estado de nutrição, o estado mental e o tipo de intervenção programada são fatores que modificam os índices de morbidade e letalidade. A correção dos desvios nutritivos, da anemia e das disfunções endócrinas deverá ser feita a curto prazo. A insuficiência hepâtica, assim como a renal, de caráter grave, comprovadas clinica e laboratorialmente, são contra-indicações absolutas à cirurgia de monta. Os portadores de insuficiência respiratória, toleram mal cirurgia torácica e, quando em preparo para cirurgia abdominal, devem ser submetidos a tratamento intensivo de espasmo brônquico e à limpeza da árvore respiratória. Em casos selecionados deve recorrer-se à traqueotomia pré-operatória, que é mais útil e melhor tolerada quando executada dias antes do ato cirúrgico principal. A insuficiência cardíaca congestiva descompensada, o infarto do miocárdio nas primeiras 6 semanas, o cor pulmonale crônico, a pericardite constritiva e as miocardites constituem contra-indicações absolutas. Os hipertensos com cifras tensionais elevadas devem receber hipotensores antes e no dia do ato operatório, pois estão sujeitos, de outra forma, a verdadeiras catástrofes vasculares. As arritmias devem ser dominadas, cuidadosamente, porque podem trazer complicações que levam à descompensação cardíaca, à taquicardia ventricular, à fibrilação ventricular e à morte.
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