Disfunção Sexual Relacionada à Radioterapia na Pelve Feminina: Diagnóstico de Enfermagem

Autores

  • Maria Luiza Bernardo Vidal Enfermeira. Mestre em Ciências-Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Doutoranda em Saúde Pública pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF)/ Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Enfermeira do Setor de Educação Continuada do Hospital do Câncer II (HCII)/INCA. Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Carlos Joélcio de Moraes Santana Enfermeiro. Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Enfermagem em Oncologia pela Sociedade Brasileira de Enfermagem Oncológica (SBEO). Enfermeiro do Setor de Educação Continuada do HCII/INCA. Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Carmen Lúcia de Paula Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela UERJ. Enfermeira do Ambulatório do HCII/INCA. Docente Colaboradora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Gama Filho e Faculdade Redentor em Juiz de Fora (MG), Brasil.
  • Maria Cristina de Melo Pessanha Carvalho Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN). Enfermeira do Hospital Federal de Ipanema. Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2013v59n1.538

Palavras-chave:

Neoplasias do Colo do Útero, Disfunção Sexual Fisiológica, Radioterapia, Sexualidade, Diagnóstico de Enfermagem

Resumo

Introdução: O diagnóstico de enfermagem subsidia as bases para prescrição das intervenções de enfermagem. Neste estudo, o foco é a disfunção corporal alterada por diminuição da luz vaginal por radioterapia para tratamento do câncer do colo do útero. Objetivo: Descrever e discutir a ocorrência do diagnóstico de enfermagem de disfunção sexual relacionada à radioterapia na pelve feminina para tratamento do câncer do colo do útero em pacientes tratadas no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Método: Estudo observacional descritivo, do tipo longitudinal composto por 142 mulheres. A coleta de dados aconteceu no ambulatório de ginecologia do Hospital do Câncer II/INCA, através de questionário semiestruturado. As curvas de sobrevida foram obtidas utilizando-se o estimador de Kaplan-Meyer e foram calculadas no aplicativo R. Resultados: Ocorreu diminuição da libido em 66% e do prazer sexual em 60%; sangramento durante o ato sexual foi relatado por 49% das mulheres e a dispaurenia em 53%. Houve aumento da libido e do prazer em 14% da amostra. A sobrevida livre de estenose vaginal por 60 meses foi de 40%. O tempo mediano de ocorrência da estenose vaginal foi de 42,9 meses. Conclusão: O uso do diagnóstico de enfermagem, como ferramenta de descrição do efeito radioterápico tardio da disfunção sexual, contempla de forma eficaz as características definidoras e propicia a formação de fatores relacionados adequados à situação em questão. Neste estudo, as características mais frequentes foram déficit percebido de desejo sexual, incapacidade de alcançar a satisfação sexual desejada, limitação real imposta pela terapia e verbalização do problema.

 

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Publicado

2013-03-29

Como Citar

1.
Vidal MLB, Santana CJ de M, Paula CL de, Carvalho MC de MP. Disfunção Sexual Relacionada à Radioterapia na Pelve Feminina: Diagnóstico de Enfermagem. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 29º de março de 2013 [citado 9º de dezembro de 2024];59(1):17-24. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/538

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL