Câncer do Colo do Útero no Estado de Mato Grosso do Sul: Detecção Precoce, Incidência e Mortalidade
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n3.591Palavras-chave:
Neoplasias do Colo do Útero, Esfregaço Vaginal, Incidência, Mortalidade, Distribuições Estatísticas, BrasilResumo
Introdução: O câncer do colo do útero apresenta taxas de incidência e mortalidade elevadas no Brasil. Objetivo: Descrever a cobertura das ações de detecção precoce do câncer do colo do útero, sua incidência e mortalidade no Estado de Mato Grosso do Sul. Método: Estudo descritivo e exploratório. Foram analisados dados provenientes do Departamento de Informática do SUS , Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Foi realizada análise descritiva das informações. Resultados: O percentual de mulheres de 25 a 59 anos que realizou o exame de Papanicolaou nos últimos três anos se manteve estável entre 2003 e 2008: 82,0% e 82,9%, respectivamente; entretanto, houve uma queda no contingente daquelas que nunca fizeram o exame na vida: de 11,1% para 8,7%, respectivamente. A razão entre o número exames citopatológicos cervicovaginais realizados em mulheres de 25 a 59 anos e a população feminina nessa faixa etária ultrapassou a meta (≥0,90) do triênio 2008 a 2010 em 25 municípios do Estado, porém, as taxas estimadas de incidência do câncer do colo do útero sofreram aumento de 139% nos últimos 12 anos, enquanto na série de dados de mortalidade observou-se um incremento de 33,8% em 30 anos. Conclusão: Esses resultados apontam para a necessidade de se fortalecer as parcerias visando a implementar ações de atenção integral a saúde da mulher, especialmente voltadas para as mulheres indígenas, que representam um importante contingente de mulheres excluídas nessas áreas.