Comparação da Quantidade de Células de Langerhans em Neoplasias Intraepiteliais Cervicais e Cervicites Crônicas
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.65Palavras-chave:
Neoplasia Intraepitelial Cervical, Células de Langerhans, Papillomaviridae, Carcinoma in Situ, Imuno-HistoquímicaResumo
Introdução: O câncer cervical é atribuído ao papilomavírus humano (HPV) cuja infecção, na maioria das vezes, sofre regressão espontânea. A menor porção de casos que evoluem para lesão precursora de baixo e alto graus e invasora pode ter relação com uma falha na atividade das células de Langerhans em eliminar o vírus. Objetivo: Determinar se há redução do número de células de Langerhans em colos uterinos acometidos por neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC), graus I e III, comparado ao grupo controle (cervicites crônicas), por imuno-histoquímica, possibilitando correlacionar a ação do sistema imune com o desenvolvimento dessas lesões. Método: Foram analisados 40 casos de cervicite crônica, NIC I e III, com diagnóstico anatomopatológico entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, buscando-se comparar a quantidade de núcleos marcados positivamente como célula de Langerhans pela proteína S-100 por imuno-histoquímica, quantificando-os em áreas padronizadas. Resultados: Dos 40 casos avaliados, 17 foram cervicite crônica, 13 NIC I e 10 NIC III. Na análise comparativa do número de células em cada grupo a média, desvio-padrão e mediana foram maiores no grupo cervicite crônica e menores no grupo NIC III. O valor de p encontrado para a variação do número de células de Langerhans, entre os grupos, foi significativo (p=0,0442); mas, ao comparar os grupos de NIC com o controle, só o grupo NIC III teve variação significativa (p=0,0209). Conclusão: Há diminuição significativa do número de núcleos de células de Langerhans marcados em lesões do tipo NIC III em comparação a cervicites crônicas.