Tumores Neuroendócrinos do Apêndice Cecal: Experiência do Instituto Nacional de Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2010v56n4.696Palavras-chave:
Apêndice, Tumores Neuroendócrinos, Tumor CarcinoideResumo
Introdução: O apêndice cecal é o segundo sítio mais frequente de surgimento dos tumores neuroendócrinos em todo o trato digestivo, com uma frequência relativa de 25-30%. Geralmente, são diagnosticados incidentalmente durante apendicectomias ou outras cirurgias abdominais. Objetivos: Analisar uma série de casos de tumores neuroendócrinos de apêndice tratados no Serviço de Cirurgia Abdominopélvica do Instituto Nacional de Câncer e descrever a conduta adotada nesse Serviço para o tratamento desse grupo de neoplasias. Material e métodos: Relato de uma série de 13 casos, através da análise retrospectiva de prontuários de pacientes, portadores de tumores neuroendócrinos de apêndice, tratados no Serviço de Cirurgia Abdominopélvica do Instituto Nacional de Câncer, no período de 1996 a 2008. Resultados: A média de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de 44,7 anos, com uma predominância do sexo feminino sobre o masculino em uma proporção de 5,5:1. O tamanho do tumor variou de 0,3 a 6 cm com mediana de 2,3 cm. Após um seguimento médio de 32 meses, dez (77%) pacientes estavam vivos, um (7,7%) perdeu o seguimento e dois (15,3%) evoluíram a óbito. Conclusão: Os tumores neuroendócrinos apendiculares são relativamente raros e de bom prognóstico. A apendicectomia simples é o tratamento cirúrgico de rotina e proporciona a cura na maioria dos casos. Os critérios propostos pela European Neuroendocrine Tumor Society para o tratamento desses tumores são de fácil reprodução e, atualmente, são adotados como rotina nesse Serviço.