Perfil Sociodemográfico e Clínico de Pacientes com Câncer Cadastrados no Programa de Visita Domiciliar de um Hospital da Rede Pública
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n2.864Palavras-chave:
Neoplasias/epidemiologia, Serviços de Assistência Domiciliar, Cuidados Paliativos, Estudos TransversaisResumo
Introdução: O perfil sociodemográfico constitui fator de vulnerabilidade para o desenvolvimento de neoplasias em geral, podendo comprometer as ações de prevenção, dificultar o diagnóstico precoce e/ou acesso a terapêutica adequada, ocasionando reflexos negativos no prognostico e na qualidade de vida dos pacientes. O cuidado domiciliar tem seu planejamento iniciado no ambiente hospitalar, cuja família/cuidador recebe orientações acerca do enfrentamento da doença e, sobretudo, da prevenção de complicações relacionadas com o estado patológico. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes com câncer cadastrados do programa da visita domiciliar de um hospital da rede pública. Método: Estudo transversal, quantitativo, retrospectivo e descritivo, cujos dados foram extraídos da análise de 274 prontuários de pacientes oncológicos cadastrados no serviço de visita domiciliar do hospital, no período de 2010 a 2017. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino na faixa etária de 60 a 80 anos, com média de estudo de quatro a sete anos e residentes na cidade de Belém. O câncer geniturinário foi o mais frequente e classificado no estágio IV. Por fim, a maior parte dos pacientes apresentava dor, fazendo o uso de analgésicos de ampla potência. Conclusão: Torna-se importante conhecer o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes, para melhor planejamento e intervenção junto a equipe multidisciplinar, uma vez que a população no Estado do Para tem um cenário de alta prevalência dos tipos de câncer que podem ser diagnosticados precocemente.