Detecção Imuno-Histoquimica de Antígenos de Superfície ABH em Carcinoma de Células Transicionais da Bexiga: Descrição do método e comparação com a histologia clássica

Autores/as

  • Venâncio A. Ferreira Alves Divisão de Patologia do Instituto Adolfo Lutz. São Paulo (SP), Brasil.
  • Miguel Srougi Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). São Paulo (SP), Brasil.
  • Raimunda T. de Macedo Santos Divisão de Patologia do Instituto Adolfo Lutz. São Paulo (SP), Brasil.
  • Luzia Umeda Yamamoto Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). São Paulo (SP), Brasil.
  • Luiz Carlos da Costa Gayotto Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). São Paulo (SP), Brasil.
  • Sami Arap Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). São Paulo (SP), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1986v32n1.3228

Palabras clave:

Carcinoma da Bexiga, Imuno-Histoquimica, Antígenos de Superfície ABH

Resumen

Perda dos antígenos de superfície ABH é relatada em diversas neoplasias malignas, incluindo-se os carcinomas de bexiga. Estudos empregando técnica de aderência de hemácias (SRCA) sugerem que esta perda é mais significativa nas neoplasias menos diferenciadas, com pior prognóstico. Entretanto, o impacto destes achados em termos práticos foi atenuado por limitações metodológicas do SRCA.Sabendo da elevada eficácia dos métodos imuno-histoquímicos mais modernos, recorremos à lectina do Ulex europaeus para a detecção dos antígenos ABH, mediante amplificação com o complexo avidina-biotina-peroxidase, pesquisando correlação coma graduação histológica, critério clássico na avaliação prognóstica. Dos 66 casos estudados, 39 (59,1%) apresentavam manutenção dos antígenos em suas membranas. Nos casos grau I a positividade atingiu 85,0%, sendo quantificada como "intensa" em 69,2%. Nos casos graus II a positividade foi 82,7%, mas só em 58,6%, mostrou-se "intensa". No outro extremo, apenas 17j0%o dos casos grau III mostraram positividade, que foi "intensa" em 12,5%. Concluímos, então, que este método imuno-histoquímico é de fácil execução e aplicação a amostras fixadas em formol e incluídas em parafina, podendo vir a ser útil na rotina urológica com vistas à avaliação prognóstica.

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Publicado

2023-08-07

Cómo citar

1.
Alves VAF, Srougi M, Santos RT de M, Yamamoto LU, Gayotto LC da C, Arap S. Detecção Imuno-Histoquimica de Antígenos de Superfície ABH em Carcinoma de Células Transicionais da Bexiga: Descrição do método e comparação com a histologia clássica. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 7 de agosto de 2023 [citado 23 de diciembre de 2024];32(1):5-11. Disponible en: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3228

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