Escápula Alada Pós-Linfadenectomia no Tratamento do Câncer de Mama
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2009v55n4.1600Palavras-chave:
Excisão de Linfonodo, Axila, Neoplasias da Mama, Escápula, Complicações Pós-Operatórias, Nervos Torácicos/LesõesResumo
A linfadenectomia axilar no tratamento do câncer de mama pode acarretar a escápula alada, uma complicação cirúrgica decorrente de lesão parcial ou total do nervo torácico longo. Este estudo teve como objetivo discutir os aspectos epidemiológicos da escapula alada identificados na literatura. Trata-se de uma revisão sistemática focando os aspectos epidemiológicos da escápula alada após o tratamento cirúrgico do câncer de mama. Foram buscados nas bases de dados Lilacs, Medline e PubMed os trabalhos referentes ao tema, nos últimos dez anos, utilizando os descritores "escápula alada" e "winged scapula", e também trabalhos clássicos citados pelos autores. Foram encontrados 43 trabalhos, porém apenas três relacionados ao tratamento do câncer de mama, versando sobre aspectos epidemiológicos. Observou-se que há na literatura uma variação significante da incidência de escápula alada pós-linfadenectomia axilar que vai de 0,6% a 74,7%. Essa variação possivelmente se dá em decorrência das diferentes formas de avaliação dessa alteração pós-cirúrgica. As diferenças maiores ocorrem quando se comparam diferentes profissionais, em que os critérios de análise e detecção da escápula alada são distintos e, por isso, há uma variabilidade maior. Grande parte das escápulas aladas regride espontaneamente após alguns meses (escápula alada transitória).