Trajetória de Mulheres Rastreadas para o Câncer de Mama na Rede Pública de Saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n4.200

Palavras-chave:

Programas de Rastreamento, Neoplasias da Mama, Tempo para o Tratamento, Detecção Precoce de Câncer, Sistemas de Informação em Saúde.

Resumo

Introdução: Conhecer os tempos entre as etapas do programa de rastreamento é importante para acompanhar as ações de controle de câncer. Objetivo: Estimar o intervalo de tempo entre o resultado suspeito de malignidade pela mamografia e o início do primeiro tratamento, e identificar fatores associados ao seu início, entre mulheres rastreadas para câncer de mama nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) do município do Rio de Janeiro. Método: Registros do Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama para mulheres de 40-69 anos, com uma mamografia de rastreamento efetuada em julho-dezembro/2010, com resultados suspeitos (BI-RADS® 4 ou 5), foram relacionados com os Sistemas de Informação Hospitalar, Ambulatorial e Mortalidade para 2010-2012. O tempo foi estimado pelo método de Kaplan-Meier, e seus determinantes identificados pela regressão de Cox. Resultados: Entre 158 mulheres com mamografia alterada, foram identificados registros de 66 (41,8%) casos de câncer de mama. Destes, 12,1% tinham informações sobre biópsias prévias. O tempo mediano entre a mamografia e o início do tratamento foi de 206 dias, sendo menor para mulheres entre 40-49 anos (138 dias) do que para as mais idosas (190 para mulheres de 50-59 anos; 234 dias para mulheres de 60-69 anos) (log-rank, p<0,05). Mulheres que repetiram mamografia apresentaram maior atraso (hazard ratio: 0,36; intervalo de confiança de 95% 0,19-0,72). Conclusão: Há poucas biópsias registradas no SUS e longo tempo até o início de tratamento, mesmo quando as mamografias são solicitadas por hospitais especializados, demonstrando necessidade de o SUS melhorar o seguimento de mulheres com mamografia suspeita.

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

1.
Tomazelli JG, dos-Santos-Silva I, Silva GA e. Trajetória de Mulheres Rastreadas para o Câncer de Mama na Rede Pública de Saúde. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 31º de dezembro de 2018 [citado 22º de novembro de 2024];64(4):517-26. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/200

Edição

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