Prevenção e Cuidado do Linfedema após Câncer de Mama: Entendimento e Adesão às Orientações Fisioterapêuticas

Autores

  • Liz de Oliveira Marchito Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1554-6044
  • Erica Alves Nogueira Fabro Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0959-7678
  • Flavia Oliveira Macedo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7663-768X
  • Rejane Medeiros Costa Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8195-955X
  • Marianna Brito de Araujo Lou Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3717-8008

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n1.273

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama, Linfedema, Modalidades de Fisioterapia, Prevenção de Doenças

Resumo

Introdução: O linfedema é a complicação mais frequente após a cirurgia do câncer de mama. A intervenção fisioterapêutica precoce é fundamental para melhorar a qualidade de vida e prevenir tal sequela, porém as orientações preventivas podem gerar um sentimento de incapacidade e limitação. Objetivo: Identificar o nível de compreensão e a adesão das pacientes às orientações fisioterapêuticas na prevenção e cuidado do linfedema. Método: Pesquisa descritiva, qualitativa, realizada no Hospital do Câncer III do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Foram incluídas 14 pacientes, submetidas a tratamento cirúrgico para o câncer de mama, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas. Resultados: As pacientes entrevistadas relataram que receberam orientações da equipe de fisioterapia e compreenderam a importância das recomendações. Os principais sentimentos despertados, ao serem questionadas sobre a adesão aos cuidados preventivos, foram a preocupação, o medo e o pânico, além do fantasma do linfedema. As entrevistadas reconheceram que, logo após a cirurgia, aderiram mais aos cuidados preventivos, mas que com o passar do tempo, essa rotina de cuidados tornou-se mais complicada, especialmente diante de seus compromissos domésticos. Conclusão: Pôde-se perceber que essas mulheres convivem com um grande medo de desenvolver o linfedema, porém têm a forte necessidade de retomar suas tarefas domésticas. Foi marcante nas falas o quanto as orientações fisioterapêuticas geram angústia, tristeza e sensação de inutilidade nessas mulheres. A fisioterapia deve estar atenta à maneira como apresenta as orientações preventivas de linfedema, devendo buscar sempre a adaptação e nunca a proibição, de forma a trazer compreensão e promover a cooperação, compartilhando com as mulheres a responsabilidade por seu autocuidado.

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Publicado

2019-06-06

Como Citar

1.
Marchito L de O, Fabro EAN, Macedo FO, Costa RM, Lou MB de A. Prevenção e Cuidado do Linfedema após Câncer de Mama: Entendimento e Adesão às Orientações Fisioterapêuticas. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 6º de junho de 2019 [citado 26º de dezembro de 2024];65(1):e-03273. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/273

Edição

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