Câncer de Mama e Atividade Física: Percepções durante a Pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n2.1291Palavras-chave:
Exercício Físico, Neoplasias da Mama, Infecções por Coronavírus, Isolamento SocialResumo
Introdução: O cenário de isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 tem representado um desafio para a saúde física e mental de mulheres em tratamento do câncer de mama. Objetivo: Investigar a percepção dos impactos da pratica da atividade física remota nos sintomas clínicos e físicos de mulheres com câncer de mama durante o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19. Método: Estudo qualitativo e exploratório com 32 participantes com câncer de mama de um programa de extensão de uma universidade publica do Sul do Brasil. O roteiro de entrevista, aplicado nos meses de abril e maio de 2020, foi composto por 30 questões abertas e fechadas, cujos dados foram transcritos na integra e analisados a partir da técnica de Analise de Discurso. Resultados: Três aspectos ganharam destaque na analise (categorias a priori), considerando-se o efeito do tempo, nomeadamente: a) aspectos pessoais e clínicos; b) aspectos físicos e clínicos antes e durante o isolamento social (nível de atividade física, dor e disposição geral); c) aspectos relacionados a pratica de atividade física realizada de forma remota (percepções gerais acerca das adaptações as atividades remotas e dificuldades em realizar a pratica no ambiente domiciliar). Conclusão: O isolamento social imposto pelo perigo iminente do contagio parece ter contribuído para o acirramento dos sintomas clínicos e físicos do câncer de mama, tais como o aumento percebido do linfedema e as dores, sobretudo no braço correspondente a cirurgia oncológica, além de refletir em uma diminuição significativa da pratica regular de atividade física.