Síndrome Mão-Pé Induzida por Quimioterapia: Abordagem Clínica e Epidemiológica de Pacientes com Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.285Palavras-chave:
Síndrome Mão-Pé/epidemiologia, Tratamento Farmacológico, NeoplasiasResumo
Introdução: A sindrome mao-pe (SMP) ou eritrodisestesia palmopalmar e uma reacao cutanea toxica decorrente da quimioterapia antineoplasica, que ocorre com frequencia e constitui importante problema clinico ao individuo com neoplasia maligna. O desenvolvimento da SMP pode levar a interrupcao do tratamento e, com frequencia, a reducao da dose do quimioterapico. Objetivo: Analisar os dados clinicos e epidemiologicos de pacientes com SMP tratados com quimioterapia. Método: Estudo descritivo e retrospectivo, com coleta de dados realizada entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014 em prontuarios utilizando-se do registro de toxicidades dos antineoplasicos e da Escala de Performance Status do Eastern Cooperative Oncology Group. Resultados: Foram analisados 250 prontuarios. Destes, 70 realizaram tratamento quimioterapicos e 15 (21,4%) apresentaram SMP, com toxicidade grau 1 apos uso de dois ciclos de capecitabina (13,3%); grau 2 apos dois, quatro e ate 12 ciclos de tratamento (40%); grau 3 apos cinco e 11 ciclos de capecitabina (20%); e, em grau 4, um paciente apresentou toxicidade apos dois ciclos de capecitabina e outro, apresentou SMP apos dois ciclos de doxorrubicina lipossomal (13,3%). Conclusão: O tratamento com quimioterapia causa alto risco de apresentar SMP. No entanto, mostrou baixa incidencia dessa sindrome em pacientes com cancer que fazem tratamento com capecitabina, doxorrubicina e citarabina.