Análise Descritiva do Perfil dos Exames Citopatológicos do Colo do Útero Realizados em Mulheres Indígenas e Não Indígenas no Brasil, 2008-2011

Autores

  • Maria Asunción Solé Pla Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Ministério da Saúde (MS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Flávia Miranda Corrêa Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Ministério da Saúde (MS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Itamar Bento Claro Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Ministério da Saúde (MS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6435-3302
  • Marcos André Felix da Silva Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Ministério da Saúde (MS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Maria Beatriz Kneipp Dias Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Ministério da Saúde (MS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5847-9830
  • Paula Chagas Bortolon Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Ministério da Saúde (MS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n3.603

Palavras-chave:

Neoplasias do Colo do Útero, População Indígena, Sistemas de Informação, Esfregaço Vaginal

Resumo

Introdução: Existem no Brasil 408.056 mulheres indígenas. Essa população é mais vulnerável aos agravos de grande magnitude, entre eles o câncer do colo do útero. Contudo existem poucos estudos sobre essa questão entre indígenas. Objetivo: Descrever o perfil dos exames citopatológicos realizados na população indígena brasileira em comparação a não indígenas. Método: Análise descritiva de frequência e proporção dos exames citopatológicos realizados entre mulheres indígenas e não indígenas registradas no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO ) segundo regiões de residência para o período de 2008 a 2011. Resultados: Entre 2008 e 2010, 8% dos exames citopatológicos realizados no país registraram a informação de cor/raça, sendo que em 2011 esta proporção aumentou para 12,4%. Em indígenas e não indígenas, respectivamente, foram realizados 11.964 e 3.738.707 exames satisfatórios; foram considerados insatisfatórios 1% e 1,2% dos exames; 74,9% e 77,2% dos exames foram realizados na faixa etária de 25 a 64 anos; 20% e 17,5% dos exames foram realizados abaixo dos 25 anos; 83,4% e 76,5% dos exames foram realizados no intervalo de 1 a 2 anos; 2,1% e 2,9% dos exames apresentaram-se alterados. A razão lesão de alto grau / câncer invasor do colo do útero passou de 11,5, em 2009, para 16,1, em 2011, em não indígenas e de 1,7 para 5,0 entre indígenas. Conclusão: Os dados evidenciam a importância do tema para as mulheres indígenas, sugerem dificuldade de acesso aos exames citopatológicos para esse grupo, e ressaltam a necessidade de melhoria da informação cor/raça no SISCOLO .

 

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Publicado

2012-09-28

Como Citar

1.
Pla MAS, Corrêa FM, Claro IB, Silva MAF da, Dias MBK, Bortolon PC. Análise Descritiva do Perfil dos Exames Citopatológicos do Colo do Útero Realizados em Mulheres Indígenas e Não Indígenas no Brasil, 2008-2011. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 28º de setembro de 2012 [citado 24º de abril de 2024];58(3):461-9. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/603

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