O ensino da cancerologia nos cursos de graduação em enfermagem: por que e para quê?
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1993v39n1.2994Palavras-chave:
Oncologia/educação, Educação em Enfermagem, Avaliação EducacionalResumo
O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de atualizar os dados relativos ao ensino da cancerologia nos cursos de graduação em enfermagem no Brasil e oferecer subsídios para a discussão e proposta de um programa básico dessa matéria nos referidos cursos. A população do estudo foi constituída por 60 escolas que responderam a um questionário que lhes fora enviado pelas autoras, e 55 (91,7%) delas informaram que ministram conteúdos relativos à oncologia em seus currículos. Os resultados do estudo mostram que a concentração do ensino de enfermagem em oncologia se dá na disciplina Enfermagem Médico-Cirúrgica (52 indicações). A variação da carga teórica está situada entre o mínimo de 2 e o máximo de 87 horas e, da carga horária prática, de 4 a 198 horas. Quanto à forma de ministrar o conteúdo, 54,5% das escolas informaram que as aulas são dadas de forma estanque ou isolada em cada disciplina, e que o ensino prático é desenvolvido principalmente em unidades gerais onde eventualmente são internados pacientes com câncer (48 citações). Na maioria das escolas, o ensino da cancerologia se concentra nas 2 e 3a séries do gradeado curricular. As autoras consideram que o panorama epidemiológico do câncer no Brasil, assim como a constatação de deficiências no ensino e na assistência de enfermagem à clientela alvo da oncologia, requerem um posicionamento das escolas e dos serviços no sentido de investirem na formação de recursos humanos, a fim de capacitá-los para atuar na área da oncologia, nos níveis de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
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Referências
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