GIST Gástrico - Experiência do INCA

Autores

  • Marcus Valadão Ex-Residente de cirurgia oncológica da Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica- INCA.
  • Eduardo Linhares Chefe da Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica- INCA, Mestre e Doutor em Cirurgia Abdominal.
  • Leonaldson Castro Mestre e Doutor em Cirurgia Abdominal; Staff da Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica- INCA.
  • Carlos Eduardo Pinto Mestre e Doutor em Cirurgia Abdominal; Staff da Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica- INCA.
  • Rodrigo Lugão Ex-Residente de cirurgia oncológica da Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica- INCA.
  • Cláudio Quadros Ex-Residente de cirurgia oncológica da Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica- INCA.
  • Ivanir Martins Médica do Serviço de Anatomia Patológica- INCA.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2004v50n2.2045

Palavras-chave:

Tumor Estromal Gastrointestinal, GIST Gástrico, Neoplasias Gástricas, Gastrectomia, Mortalidade, Morbidade

Resumo

Introdução: Tumor estromal gastrointestinal (GIST) é uma doença relativamente rara e a cirurgia se constitui no tratamento principal deste tumor. Existem apenas poucos centros com experiência no tratamento desta neoplasia. O objetivo do trabalho é analisar os resultados do tratamento cirúrgico dos pacientes portadores de GIST gástrico operados em uma mesma instituição. Métodos: Estudo retrospectivo baseado na análise de 20 pacientes com diagnóstico confirmado de GIST gástrico operados no Instituto Nacional do Câncer (INCA- Rio de Janeiro) entre 1986 e 2000. Todos os dados foram revisados, enfocando-se as características histopatológicas (localização, número de mitoses e tamanho do tumor), as características dos pacientes (idade, sexo e apresentação clínica) e os resultados cirúrgicos (tipos de cirurgia, morbidade, mortalidade e sobrevida de acordo com a classificação proposta por Shiu). Resultados: Onze pacientes eram do sexo masculino e 9 do sexo feminino. A mediana de idade foi de 57 anos. O tamanho médio do tumor foi de 14,7 cm. Setenta por cento dos pacientes tinham tumor de alto grau e 65% dos tumores se localizavam na porção proximal do estômago. Gastrectomia subtotal foi realizada em 50% dos casos, gastrectomia total em 35% e gastrectomia atípica em 10%. Ressecção gástrica isolada foi realizada em seis casos (grupo 1), ressecção de dois órgãos foi feita em cinco casos (grupo 2) e ressecção de mais de dois órgãos em oito casos (grupo 3). A morbidade operatória global foi de 35%. O grupo 1 não teve morbidade, o grupo 2 teve morbidade de 20% e o grupo 3, de 70%. A mortalidade operatória foi de 10% (2 pacientes). Dez por cento dos pacientes foram classificados como estádio 0, 25% como estádio I e 65%, estádio II de acordo com a classificação de Shiu. A sobrevida em 5 anos para o estádio 0 foi de 100% enquanto que o estádio II apresentou sobrevida nula em 5 anos. Conclusão: A alta morbi-mortalidade desta casuística é devido à presença de doença avançada ao diagnóstico, havendo necessidade de ressecções multiorgânicas a fim de se obter cirurgia R0. A cirurgia é o tratamento principal, porém isolada é insuficiente para se atingir sobrevida longa em doença avançada.

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Publicado

2004-06-30

Como Citar

1.
Valadão M, Linhares E, Castro L, Pinto CE, Lugão R, Quadros C, Martins I. GIST Gástrico - Experiência do INCA. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de junho de 2004 [citado 2º de maio de 2024];50(2):121-6. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2045

Edição

Seção

RELATO DE CASO

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