Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil: uma Revisão Sistemática

Autores

  • Letícia Casado Serviço de Edição e Informação Técnico-Científica da Coordenação de Educação (CEDC) do Instituto Nacional de Câncer (INCA); Mestranda em Neurologia da UNIRIO. https://orcid.org/0000-0001-5962-8765
  • Lucia Marques Vianna Laboratório de Investigação em Nutrição e Doenças Crônico-Degenerativas (Lindcd) da UNIRIO. https://orcid.org/0000-0001-5962-8765
  • Luiz Claudio Santos Thuler UNIRIO; Pós-Graduação em Oncologia do INCA. https://orcid.org/0000-0001-5962-8765

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2009v55n4.1594

Palavras-chave:

Doença Crônica, Fatores de Risco, Prevalência, Inquéritos de Morbidade, Estudos Transversais, Brasil

Resumo

No Brasil, devido às mudanças nos perfis demográfico, epidemiológico e nutricional da população e ao controle conseguido em um número de enfermidades transmissíveis, vêm observando-se, nas últimas décadas, uma inversão do perfil epidemiológico com redução das doenças infecciosas e o aumento significativo da prevalência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Essa mudança justifica o estudo dos fatores de risco e determinantes sociais das doenças crônico-degenerativas no país. O presente trabalho teve por objetivo conhecer a prevalência da exposição da população aos principais fatores de risco para o desenvolvimento de DCNTs no Brasil. Foi realizada uma revisão sistemática dos artigos publicados na literatura científica, a partir das bases de dados on-line Lilacs e Medline, entre 2003 e 2008, em português. As prevalências variaram conforme os critérios utilizados e as características das populações estudadas, sendo obtidos os seguintes valores mínimo e máximo para cada um dos fatores de risco estudados: tabagismo 8,7% a 28,8%, uso abusivo de álcool 0,1% a 37,7%, excesso de peso 1,5% a 49,0%, obesidade 9,4% a 17,6%, sedentarismo 20,1% a 43,1%, hipertensão arterial 5,3% a 34,0%, diabetes mellitus 2,7% a 7,8%. A variação no grau de exposição da população aos fatores de risco presentes nos diversos estudos aponta para a necessidade de padronização dos instrumentos de medida, a fim de que os resultados obtidos nas diferentes localidades possam ser comparados. Além disso, as altas prevalências observadas em algumas áreas indicam a necessidade de intervenções imediatas por meio da implementação de estratégias de prevenção e promoção da saúde dirigidas à redução da exposição da população brasileira aos fatores associados ao risco de desenvolvimento das DCNTs.

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Publicado

2009-12-31

Como Citar

1.
Casado L, Vianna LM, Thuler LCS. Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil: uma Revisão Sistemática. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 31º de dezembro de 2009 [citado 28º de março de 2024];55(4):379-88. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1594

Edição

Seção

REVISÃO DE LITERATURA

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